domingo, 8 de setembro de 2013

Ah o que seria da vida sem eles?

Alguém tem dúvidas do que vou dizer? O que seria da vida sem os vizinhos (de cima)? 
O primeiro contato geralmente é amistoso, um sorriso, um bom dia. Quando abro ou fecho a janela pode acontecer de vê-los a estacionar o carro ou a sair com o bebê. Não sou neurótica, caramba moramos em uma casa do século 17, seria incoerência mudar-me para cá se me importasse com alguns passos à noite. Mas nada nos preparou para a sessão espírita de ontem perto da meia noite. Estávamos vendo justamente "A Entidade", uma porcaria de filme de terror que me deixou boa parte da noite acordada, quando um barulho começou. Por Allan Kardec, esta mesa mexe-se tanto! Será dos espíritos?? Mas depois de muito arrasta arrasta e bate bate, eis que uns gemidos femininos adentraram o silêncio da noite e eu só olhava para o marido. Que espírito sofredor! Coitada! 
Não era inocência, minha gente, eu sei que andavam a foder nas nossas cabeças. Era só que a imagem daquele gordo careca e da mulher feia como um raio (loira sim, mas feia de dar dó) a fazerem sexo selvagem, era pior do que imaginar que o que se passava ali era uma sessão mediúnica. E depois o mais estranho de tudo é que fico eu com vergonha da situação. Como olho para a cara deles sem que me venha a imagem grotesca do gordo gotejando e a cama estrebuchando e?....melhor parar por aqui. Mereço isto meu Deus? Eu que sou tão boa vizinha e que faço sexo discreto para não incomodar os vizinhos? Isto deixa-me em um sério dilema: continuo a me queixar como uma velha ou faço também as minhas sessões espíritas? 

Conexões fabiônicas

Mãe, olha lá o espinho da torre! (Ponta da torre da igreja)

Mãe, uma folha de passarinho! (Pena)

sábado, 7 de setembro de 2013

Porque nunca seria uma fashion blogger?

Bah Katiezinha, calças dobradas eu usei até os nove anos! E com sandálias e meias e calças boyfriend...uhh tantos paradigmas  quebrados em uma só foto...O pior da moda é que ela serve  para nos envergonhar a cada dez anos.
Nunca vi mulher mais desligada com bolsa do que eu. Sério. Não é que não goste, até acho algumas bonitinhas, mas entre gastar o mesmo dinheiro em uma e comprar um jeans por exemplo, eu compro...o jeans. Bolsas estão lá pelos últimos itens da lista, atrás de meias e tênis. A prova disto é que a única bolsa que tinha ficou no Brasil perdida em uma das inúmeras mudanças que fiz e a que usava por quebra galho, era uma muito muito muito velha da minha mãe. Tinha lá o seu charme, podemos chamar de vintage até. 
Então sou uma mulher sem bolsa e sem carteira também. Ando nas ruas de mãozinhas ao léu, e deixo o marido encarregado de levar na mochila dele os meus documentos e gloss. 
Também vario de estilo assim tipo nunca. Gosto das mesmas coisas por anos e anos a fio. Não quero saber se o que está na moda é agora os shorts-centro-peito com a porpa da bunda de fora se eu gosto é de vestidos soltos e saias plissadas. Se o verde limão é o novo preto, se bolinhas amarelas é que é o must-have do verão com chinelos de cupcake. Não, o meu gosto não muda a cada estação e tenho até orgulho em dizer que não sou escrava da moda. Calças boca-de-sino cadê vocês??! E é por isto que nem fotos de unhas teriam graça, pois que ando com elas nuazinhas ao bom cor-de-rosa natural há um bom tempo. Outra razão porque nunca seria uma fashion blogger, é porque não tenho paciência para tirar mil fotos no espelho com o look do dia e boquinha de pato. Só uma pergunta: virou fashion ser ridículo?

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Primeiro dia?

A escola

Chegamos e nos posicionamos no corredor que dá para a porta da escola. Muitas mulheres das arábias e francesas que ora iam para o "saí agora de uma boate" ou para o "levantei, coloquei os chinelos e vim". Quando soou a campainha senti-me em um daqueles concursos em que as equipes saem a procurar objetos no prazo de meio minuto. A sala do Fabian afinal era embaixo, tínhamos de descer as escadas e o nome dele já estava em um cabide. Ficamos ali em reunião com outros pais que também se despediam dos filhos, nesta hora o Fabian abriu o berreiro e não foi porque não queria ficar, simplesmente não queria por o crachá que todos devem usar. O pai entrou na sala com ele no colo e em alguns minutos já estava distraído com os brinquedos. Como combinado voltamos às 11:30 para buscá-lo. A escola não tem cantina, por isto teríamos de trazê-lo depois à 13:30 quando ficaria até às 16 hrs. E ao voltar, descobrimos que o diretor não explicou direito, ao que parece o Fabian frequentará o maternal por apenas três horas, pois eu não trabalho. E fiquei pensando que acho muito estranho, o horário da escola faz com que os responsáveis fiquem disponíveis o dia todo para a criança e se assim o é, como conseguem as outras mães trabalhar? Pude contar apenas três ou quatro pessoas mais velhas que poderiam ser avós, a maioria era de mulheres jovens e com um ou dois filhos menores pendurados em carrinhos. E eram justamente as mesmas pessoas que vieram buscar as crianças para o almoço...acho mesmo que não há mais vagas por uma questão de atraso na inscrição e não porque ainda não trabalho. Sinceramente até me custa pensar que patrão dará emprego para uma mulher que tem de sair antes das 16 horas e que possivelmente teria de passar duas horas em período de almoço para ficar com o filho. Mas para a nossa situação atual, é o que podemos fazer de melhor. Ao menos ele convive com outras crianças e vai aprender alguma coisa de francês. Hoje ele veio com o nome de um amigo: Salle, acho que era isto, e já disse que amanhã queria ir novamente!
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