sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Pêniscentrismo


Não não é egocentrismo não me enganei, é mesmo pêniscentrismo, um neologismo de fato. Pois o meu filho agora começou esta fase que vai até...hum...quando morrer?
O Fabian faz umas duas semanas que descobriu o pirulim. Claro que já tinha visto antes, puxado, balançado, coçado, enfim. Já tinha visto ficar duro e olhava para mim com uma cara espantada e eu a rir-me por dentro: ai ai quando descobrir como é que funciona isto! 
Até então era coisa passageira, na hora do banho ou quando trocava a roupa, mas de uns tempos para cá tem se escondido para ficar nu e depois como não consegue se vestir sozinho, vem pedir ajuda ainda com o tico duro. Dizem que não se deve valorizar muito e que também não devemos dar uma de freira escandalizada, temos que agir naturalmente para que ele não associe o prazer à nojo ou vergonha. Mas que é complicado, é. Nós temos usado a desculpa do frio, dizemos que não pode ficar pelado porque vai pegar gripe, ficar o nariz entupido, etc. No entanto todo dia é a mesma coisa. Se é assim agora, imagina quando chegar na adolescência?! E é engraçado porque é uma coisa que ninguém fala, quando se é mãe não se pensa que com três anos andamos atrás de meninos a vestir-lhes, a abrir a porta do quarto e pegá-los com a "boca na botija". Alguém se identifica? Vamos lá, como lidam com isto mamães da blogosfera? Ou é só comigo?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Coisas que me motivam para entrar em forma

Como a academia que escolhi (por ser a mais perto de casa) é muito, mas muito barata, é claro que está sempre apinhada de gente. Ainda mais porque o meu treino continua a ser um circuito de 20 min corrida - 7 exercícios de 15 repetições - 20 min de transport - os mesmos 7 exercícios - 20 min de tortura um aparelho que imita os movimentos de andar de patins (não sei o nome dele) - 7 exercícios. Posto isto, preciso mesmo de aproveitar os dias em que não é possível executar o treino para fazer só corrida, uma hora de dez minutos de paciência. Antes, quando ia nos meus 58 quilos, aquilo se fazia numa boa, mas agora o corpo e a mente andam em guerra e só com muita boa vontade chego ao final. Confesso que aposto corrida com o maluco(a) ao lado, cuido através do espelho e vibro em pensamento quando ganho (isto quer dizer quando o tempo dele termina e eu sigo viva). Outras vezes olho para a tv e fico com cara de "cumé?" quando passa um seriado/novela francês em que os atores falam uma coisa e coiseiam logo em seguida. Mão naquilo, aquilo na mão, e eu que achava que nós éramos o país da sexualização por tudo e por nada, enfim. Ao menos não colocam em programa culinário! 
Outra coisa que me motiva é que o verão tá logo ali, né? Daqui uns...sei lá, falta muito para julho? Tenho também um vestido preto que está guardado desde que tirei esta foto, estava grávida de um mês, parece que já foi há um século atrás...e que na loucura queria assim que coubesse neste Natal. Coisa de mulher não é?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A dona Aranha subiu pela parede

Eu gosto da natureza, sério mesmo. Mas fora da minha casa por favor. Gosto de plantas, mas não tenho o mínimo jeito com elas e muito menos paciência para adivinhar se precisam de mais água ou sol. Estou acostumada a questão de ter seres vivos para além de nós três ser uma decisão minha, mas aqui tenho reparado que não é bem assim. Logo que cheguei fiz uma faxina de escovar parede e tudo, tirei todas as teias de aranha e achei que o problema estava resolvido. Que nada! Como dizem, a dona Aranha é teimosa e desobediente, sobe, sobe, sobe e nunca está contente. Lá vem elas e fazem à noite uma teia-ikea em poucas horas. Lá vai a minha vassoura desmontar tudo. Quando são pequenas eu mesma lido com elas, mas já tive dois casos em que eram do tamanho da palma da minha mão e...cabeludas...eca! Chamo o maridão para intervir e zás, com ele não tem muita conversa. Confesso que até fico com pena, porque sempre que dá eu apenas enxoto o bicho, mas o problema é que elas voltam... Não aguento mais aranhas!! E agora ainda temos o Helloween, abóboras, bruxas e aranhas à solta. Mais aranhas. Ainda.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Yeah, mais um post sobre emigrantes!

Se tem coisa que me deixa confusa é esta mania dos emigrantes de dizerem que tudo no país onde vivem é melhor do que no seu próprio. Isto até parece um pensamento um tanto quanto infantil, pois todos os lugares tem coisas boas e más. Claro que um brasileiro que nunca saiu de sua terra e que é bombardeado em todos os programas televisivos, sites e jornais com notícias negativas, tende a acreditar que no Brasil nada presta e que no exterior é que é bom, na Europa, nos Eua, isto sim é que é viver bem. 
A mídia passa-nos a ideia de quase endeusamento, eu por exemplo, imaginava que aqui respeitava-se rigorosamente as leis de trânsito, até me policiava para não atravessar fora do local próprio e no sinal vermelho para os pedestres. Surpreendi-me porque muitas pessoas fazem o mesmo quando há uma distância segura para a travessia. Ainda estes dias vimos uma reportagem sobre Nice em que mostrava a venda de habilitações para dirigir:  afinal o "jeitinho brasileiro" se afrancesou ou não temos nós mais os direitos autorais sobre ele?  Provavelmente os delitos são em menor número, mas estamos longe do modelo que tentam nos impingir... 
É preciso  desmistificar este nosso complexo de inferioridade, como se o mundo fosse dividido entre pessoas cidadãs de primeira classe e o resto. Outra coisa que acho o "Ó" é idolatrar as merdas que se critica no seu país, mas ah porque está no estrangeiro é cool. Por exemplo, tenho uma pessoa que achava um horror e falta de civismo pixações e agora porque está na Europa, fez um álbum em que coloca a "arte das ruas". Atenção que é mesmo pixação, totalmente diferente de grafite. 
Creio que alguns destes emigrantes até sabem bem no fundo que muitas coisas estão erradas e que sua vida nem é assim tão boa, mas em nome da aparência que pretendem passar aos amigos e familiares mantém uma postura bitolada. É uma pena, porque grande parte dos brasileiros nunca saíram de seu estado natal e sequer tem uma ideia de como é o mundo lá fora. E quem sabe sentiriam-se um pouco mais "gente" se soubessem que não existe perfeição acima do Equador.
Web Statistics