Um ponto que queria ser travessão, cruzar mares e histórias. Queria conhecer pessoas, ampliar horizontes, simplificar o mundo. Assim, tudo de uma vez só. Não invejava o ponto de exclamação sempre tão cheio de certezas, tampouco o ponto de interrogação com suas dúvidas enfadonhas. Era um ponto simples, com um sonho muito muito grande. Não queria ser um ponto final. Queria esticar-se até não poder mais, abraçar criador e personagens, mas sabia no fundo que não passava de um sonho bobo. Decidiu-se então juntar-se aos outros dois pontos. No fim da fila. Quem sabe passasse esta sede de continuação, como se acreditasse que houvesse vida para além de si...
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
Domingo de chuva
Pois é, alegria de pobre dura pouco! Ontem fez um dia fantástico, sol, calor de uns 25 graus e alta disposição para um longo passeio pelo centro de Strasbourg. Comemos sorvete azul, levamos o Fabian no carrossel, vimos as vitrines, nos irritamos com os turistas alemães da terceira idade atravancando ruas estreitas, passamos por uma festa que celebrava a entrada da Armênia na comunidade européia, vimos um congestionamento de carrinhos de bebê, etc. Este foi o primeiro passeio com o Fabian no seu modelo três rodas e costas e braços livres do papai. Sempre achei um tanto quanto ridículo crianças grandes em carrinhos, mas fazer o que? Rendi-me às evidências...não temos carro e o Fabian não aguenta tanto tempo sem colo. Chegamos em casa e tinha os pés em uma lástima, quem me manda aposentar os saltos por tanto tempo? Depois é isto, na verdade depois de todo um treino de corrida e pesos deu em domingo= dia de descanso. Marido emburrado porque quando sai o tempo passa rápido e que quer curtir mais o fim de semana. Oi? E para compensar o sábado cheio de atividades, domingo chove, chove e chove. E esfria.
Domingo Strasbourg morre. Schiltigheim nem se fala. A cidade se encolhe, até a igreja está de portas fechadas. Chove e nem sequer temos carro para dar um passeio como quem não quer nada e ir na Alemanha que aquilo deve ter alguma animação, ao menos mais do que aqui. Sério. Eu tenho uma relação de amor e ódio com a França e ainda nem nos conhecemos direito. Começamos bem.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Me irrita
Caramba ainda hoje existe quem escreva "raça" para designar etnia?? Raça só a humana meus caros. Parem com esta história, é ridículo, é demodê, é preconceituoso. Pronto, era só isto.
Pêniscentrismo
Não não é egocentrismo não me enganei, é mesmo pêniscentrismo, um neologismo de fato. Pois o meu filho agora começou esta fase que vai até...hum...quando morrer?
O Fabian faz umas duas semanas que descobriu o pirulim. Claro que já tinha visto antes, puxado, balançado, coçado, enfim. Já tinha visto ficar duro e olhava para mim com uma cara espantada e eu a rir-me por dentro: ai ai quando descobrir como é que funciona isto!
Até então era coisa passageira, na hora do banho ou quando trocava a roupa, mas de uns tempos para cá tem se escondido para ficar nu e depois como não consegue se vestir sozinho, vem pedir ajuda ainda com o tico duro. Dizem que não se deve valorizar muito e que também não devemos dar uma de freira escandalizada, temos que agir naturalmente para que ele não associe o prazer à nojo ou vergonha. Mas que é complicado, é. Nós temos usado a desculpa do frio, dizemos que não pode ficar pelado porque vai pegar gripe, ficar o nariz entupido, etc. No entanto todo dia é a mesma coisa. Se é assim agora, imagina quando chegar na adolescência?! E é engraçado porque é uma coisa que ninguém fala, quando se é mãe não se pensa que com três anos andamos atrás de meninos a vestir-lhes, a abrir a porta do quarto e pegá-los com a "boca na botija". Alguém se identifica? Vamos lá, como lidam com isto mamães da blogosfera? Ou é só comigo?
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