Estou com eles. E já tive de fazer cara de paisagem quando escuto alguém dizer indignado por verem ativistas abraçando um buquê de beagles de olhos mortiços, de que deviam era se preocupar com gente. Que há tanta criança com fome, que tem tanta gente sem teto, mimimi. Pergunto aos sábios porque não trouxeram ainda um mendigo para dividir a cerveja e assistir ao jogo de domingo? Porque não adotaram um dos pivetes que pedem dinheiro no semáforo? Irrita-me gente assim (vou mudar o nome do blog para ascoisasquemeirritam), vá vá vá! Então mas se não fazem nada disto, nem são voluntários em causa nenhuma senão a do dizer mal, reclamam de que afinal? Ótimo para eles, estão fazendo alguma coisa de útil, de bom. E isto que nem sou daquelas que acham que os animais são melhores e do tipo "quanto mais conheço os animais, mais..." (vocês sabem de cor né?). Sou contra os testes em animais e desta vez envergonho-me do meu país por permitir que o façam e não só permitem como obrigam que antes de serem lançados, os medicamentos tem antes de passar por ratos, cachorros, macacos, etc. Outro argumento maravilhoso é o de que se gozamos de saúde agora, graças às vacinas, antibióticos, remédios, foi devido a este avanço científico feito através destes mesmos testes. Sim, é verdade, olha que grande hipócrita que sou. Sabem que não faz muito tempo a escravidão era legal, assim como tudo que vinha com ela, as chibatadas, os assassínios porque escravo era uma propriedade tanto quanto uma cabeça de gado e olha, se fugisse, olhasse para mim torto, e se estivesse em dia não, podia...pof. Matá-lo. E olhem como a escravidão impulsionou esta ex-colônia! O quanto nos colocou como um dos principais exportadores de cana e mais tarde de café. Mas as coisas mudam, as mentalidades idem e estar na lei não significa que seja imutável (ainda bem). Não estamos mais na época em que os fins justificam os meios, já era gente... Prefiro acreditar que é um pequeno passo para o reconhecimento dos direitos dos animais tal como aconteceu na Itália ano passado, despoletado também por uma "invasão" à propriedade privada seguida de "roubo". Hoje criminosos são os que tentarem manter animais enjaulados, maltratando-os e torturando-os com substâncias tóxicas. Força ativistas, estou com vocês, louquinhos por bichos!
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
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Era uma vez um ponto.
Um ponto que queria ser travessão, cruzar mares e histórias. Queria conhecer pessoas, ampliar horizontes, simplificar o mundo. Assim, tudo de uma vez só. Não invejava o ponto de exclamação sempre tão cheio de certezas, tampouco o ponto de interrogação com suas dúvidas enfadonhas. Era um ponto simples, com um sonho muito muito grande. Não queria ser um ponto final. Queria esticar-se até não poder mais, abraçar criador e personagens, mas sabia no fundo que não passava de um sonho bobo. Decidiu-se então juntar-se aos outros dois pontos. No fim da fila. Quem sabe passasse esta sede de continuação, como se acreditasse que houvesse vida para além de si...
domingo, 20 de outubro de 2013
Domingo de chuva
Pois é, alegria de pobre dura pouco! Ontem fez um dia fantástico, sol, calor de uns 25 graus e alta disposição para um longo passeio pelo centro de Strasbourg. Comemos sorvete azul, levamos o Fabian no carrossel, vimos as vitrines, nos irritamos com os turistas alemães da terceira idade atravancando ruas estreitas, passamos por uma festa que celebrava a entrada da Armênia na comunidade européia, vimos um congestionamento de carrinhos de bebê, etc. Este foi o primeiro passeio com o Fabian no seu modelo três rodas e costas e braços livres do papai. Sempre achei um tanto quanto ridículo crianças grandes em carrinhos, mas fazer o que? Rendi-me às evidências...não temos carro e o Fabian não aguenta tanto tempo sem colo. Chegamos em casa e tinha os pés em uma lástima, quem me manda aposentar os saltos por tanto tempo? Depois é isto, na verdade depois de todo um treino de corrida e pesos deu em domingo= dia de descanso. Marido emburrado porque quando sai o tempo passa rápido e que quer curtir mais o fim de semana. Oi? E para compensar o sábado cheio de atividades, domingo chove, chove e chove. E esfria.
Domingo Strasbourg morre. Schiltigheim nem se fala. A cidade se encolhe, até a igreja está de portas fechadas. Chove e nem sequer temos carro para dar um passeio como quem não quer nada e ir na Alemanha que aquilo deve ter alguma animação, ao menos mais do que aqui. Sério. Eu tenho uma relação de amor e ódio com a França e ainda nem nos conhecemos direito. Começamos bem.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Me irrita
Caramba ainda hoje existe quem escreva "raça" para designar etnia?? Raça só a humana meus caros. Parem com esta história, é ridículo, é demodê, é preconceituoso. Pronto, era só isto.
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