terça-feira, 19 de novembro de 2013

Alguém me explica?

Porque uma pessoa que tem um blog famoso (sei lá com mais de 100 seguidores?), deleta-o, faz uma nova conta e depois anda nas caixas de correio uma por uma para informar o seu novo endereço. Agora a resposta quando se lê o novo blog é porque já não sentia-se bem naquele e porque tomou dimensões grandes demais e preferia começar tudo outra vez. Ahn? Oh filha então para isto não era só fechar o blog e começar outro anonimamente?? Isto é, sem avisar a todo mundo...



Contato de terceiro grau

Pois é, ontem um francês bateu-me à porta. Como estava de colete de funcionário de obras (?) e uma planilha na mão, imaginei que era primeiro o cara da entrega do pinheiro que compramos pela net, depois o eletricista que ficou de vir aquele dia (e não veio). Quase o convidei a entrar para arrumar as lâmpadas do corredor que se as acendemos, não se apagam nem por promessa. Mas o homem só sabia me dizer bois, bois e fazer gestos com as mãos e a apontar para cima. E eu, ah ok, deve ser da mesma empresa do homem que veio limpar as chaminés. Cheguei mais perto para o escutar melhor, como se a proximidade física nos ajustasse as estações linguísticas, que como é óbvio foi em vão. O homem insistia na bois, e eu sei que bois (boá) é madeira, às tantas achei que queria me vender lenha. Arrisquei um je ne compri pas, em English please. O homem torcia as mãos e chegou a olhar para cima: mon dieu, será que era hoje que o obrigavam a falar inglês? Para a sorte dele o marido chegou bem em tempo, como os super heróis de filme, tal foi a expressão de alívio que o sujeito soltou. Não fosse a minha péssima memória para rostos, já teria entendido que o vizinho do lado esquerdo da casa estava apenas preocupado com o barulho que fazia quando cortava a lenha ali em cima. Ufffa... ainda bem que não foi mais explícito  a fazer com um machado imaginário que eu ainda lhe tomaria por um psicótico qualquer. 

domingo, 17 de novembro de 2013

O mimimi musical

Não é novidade que o marido ri das minhas escolhas musicais e não é para menos, vou de pagode, axé, reggaeton, enfim... ao mais brega. Tenho a impressão que a dor de corno é tema que ocupe uns bons 90% das letras de quase todos os ritmos (excluindo talvez o metal que sinceramente duvido que aquilo não seja somente berros) e o que resta é algo como eu te amo demais, nosso amor é lindo, etc, etc. E sexo. Pois eu bem sei que a maior parte do que gosto não tem muito valor intelectual, não é sensível nem nada, contudo para mim a música serve para deixar-me alegre, matar as saudades ou aumentá-la depende do momento, dançar, cantar relembrando os grandes chororôs dos artistas (alô Zezé de Camargo!) e seus tons exageradamente melancólicos.  
O marido jurou-me que o rock era diferente e eu até não desgosto da coisa. Mas ai meu Deus do céu ninguém fale mal do rock! Pois venha de lá as músicas mais bonitas que eu quero prestar atenção no que falam. Tive que concordar com ele, não são apenas dor de amor, são qualquer coisa como frases desconexas que me dão a leve impressão de que quem compôs naquela hora estava vendo elefantes cor-de-rosa. 
Sinceramente acho que sou pelo povão na maior parte do meu mp3, embora guarde alguns resquícios de Lenine, Renato Russo, Toquinho, Marisa Monte, Titãs. Agora se tem coisa que me irrita é a atitude de algumas pessoas da ala da música-snob-chic que acham que são os guardiães do bom gosto musical e olham com desdém para quem não suporta a voz de Elis Regina. Mais ainda me irrita o mimimi dos novos grupos musicais que estão no anonimato por dedicarem-se a mpb, música clássica, enfim coisas que não são populares. Agora escolham meus filhos: querem ser ricos e famosos? Vão mais é cantar sertanejo ou pagode. Não querem? Então voltem para os pequenos círculos que os apreciam e barzinhos universitários e parem de sofrer por causa do Michel Teló! Boa? É que assim vocês me matam...


Para mim a melhor versão.  


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Brasileiro já nasce sambando

Não é verdade. Aliás tem gente que nem de samba gosta, mas que está nos genes uma suposta facilidade para mexer os quadris, já acredito. Lembro-me a primeira vez que tentei sambar, devia ter uns cinco ou seis anos e era sofrível de ver. Depois quando estava na escola, a minha amiga mulata, cintura fina e bunda proeminente, disse-me com toda a sinceridade que eu era uma naba. Não se troca os pés assim e se faz com os cotovelos como os bonecos de Olinda. Explicou-me pacientemente o movimento cadenciado, malandro dos pés a ciscar, o bumbum a acompanhar desinibido. Acho que demorei uma semana, mas cheguei lá e depois o corpo acostuma e é só ouvir um batuque que os movimentos saem naturalmente. Por isto ao lembrar de um dia quando sentenciaram que brasileiro já nasce sambando, não pude deixar de rir com a imagem do marido a sacudir-se como uma galinha assustada. Deve ter sido os genes recessivos dos alemães ou espanhóis que por ali triunfaram.


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