Faz parte de uma coletânea de curtas no Paris Je t'aime e já vai um tempinho que vi, mas este, não fosse apenas por ser de um diretor brasileiro, Walter Salles, é na minha opinião um dos melhores. Em menos de cinco minutos aborda com profundidade e de forma singela, a tristeza de uma mãe emigrante a deixar o seu filho em uma creche por muitas e muitas horas e partir para cuidar de um bebê de família rica no outro lado da cidade (provavelmente ela nem more em Paris, também), no 16º arrondissement. A música é a única coisa que os conecta, a música que cantou para acalmar o choro de seu bebê e termina por acalmar o bebê branco e louro de sua patroa. Infelizmente não acontece só na França, nem tampouco somente com emigrantes. Acontece pelo Brasil a fora e muito eu vi de mães que deixam seus filhos por doze horas em uma creche porque moram muito longe e ainda tem de trabalhar e fazer horas extras. Mais da metade deste curta é passado no longo e cansativo percurso que é tão somente o pano de fundo para uma metáfora do fosso que separa a sua vida dificultosa dos bem abonados residentes de Paris. Muito bom, recomendo porque nos leva a refletir (e no meu caso principalmente agradecer pelo marido trabalhar apenas três minutos de casa) na qualidade de vida, no tempo de vida que perdemos em deslocamentos, no pouco tempo que há para a parentalidade, enfim...poderia ficar horas falando só sobre este vídeo.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Encontro mais que esperado
O Fabian "desarmou" o Papai Noel ao dar-lhe um abraço ao invés de um aperto de mão como ele havia dado as outras crianças. Felizmente lá estava o pai para traduzir tudo, não vá o bom velhinho não entender o que ele quer de Natal...
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Eu devia ter nascido homem
Depois de um certo cansaço nesta montanha russa do humor, a qual costumo nomear "feminilidade", chego a conclusão mais lógica possível: devia ter nascido homem. Ou melhor, queria ter nascido. Que quero saber de uns pneuzinhos nos braços? É só por uma regata e fazer uma tatuagem de arame enfarpado à volta do braço e isto passa a ser sinônimo de macheza. Como assim não sirvo mais nas minhas calças se só engordei dez centímetros de perímetro abdominal?? É tão simples gente, é só colocar a calça um pouco maais para baixo, ali quase beirando a virilha e já está. Estrias? Tpm? Nada que uma lata de cerveja não resolva e ah, um jogo de futebol, pode ser até Paysandu e Rio Branco mesmo.
Um homem não tem que preocupar-se com os cinco centímetros de cabelo a mais que lhe cortaram, afinal cabelo cresce... E até o Fabian nos seus três anos já sabe disto, olhou no espelho ontem e exclamou: meu cabelo tá legal! Não importa a porcaria que ficou. Ai...quanto a mim estou exausta de tanto drama, dos chiliques com a pia sempre limpa, os farelos em cima da mesa, as duas calças que (ainda) me servem. Chega! Dá para o Senhor botar um pirulim aqui hein? Trazer-me à santa ignorância das emoções, ao caminho da felicidade que todo mundo sabe que está nas coisas simples da vida...como coçar o saco?! Por favor! Por favor! Por favorzinho??
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