terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Desabafo politicamente incorreto

Na última aula um dos meus colegas leu um texto em francês que falava justamente sobre a ostentação dos emigrantes Kosovenses quando vão passar férias em seu país de origem, o fazerem de forma espalhafatosa para verem que são todos uns bem sucedidos. Ora, já tinha ouvido falar pela boca dos próprios portugueses sobre os seus emigrantes a alugarem mercedes e virem com montes de dinheiro para as aldeias ou para povoarem um pouco mais o Algarve (como se já não estivesse explodindo de gente), até pelo filme Gaiola Dourada, meses atrás. Parece-me que a presunção não tem nacionalidade. Há um certo tipo de emigrante que simplesmente esconde-se atrás deste glamour os meses ou anos, vá lá, de vida que perdeu em subempregos, em contarem por sua vez vantagens ao invés dos tostões de sempre. 
Noto que no Brasil também é comum os emigrantes quererem mostrar algo que não são e digamos...não o são porque? Porque a maioria das pessoas que emigram, mesmo tendo curso superior, acabam trabalhando em empregos de merda. E sabem que estão em empregos de merda. Pergunta se alguém trabalharia no Mc Donalds em sua cidade ou de empregada de limpeza por até dez horas ganhando uma miséria? E até acho que não é a ocupação em si que incomoda (aos outros), mas o histerismo por vender uma vida que não existe e provavelmente nunca irá. Se vão a países em que não se esforçam por aprender a língua, e aqui vejo muito disto, se não tem vontade de crescer, estudar, enfim...vão continuar em empregos de merda. E a aspirar em trinta dias, uma vida de rock star para serem invejados pelo menos uma vez ao ano. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Loin du 16eme (longe do décimo sexto)



Faz parte de uma coletânea de curtas no Paris Je t'aime e já vai um tempinho que vi, mas este, não fosse apenas por ser de um diretor brasileiro, Walter Salles, é na minha opinião um dos melhores. Em menos de cinco minutos aborda com profundidade e de forma singela, a tristeza de uma mãe emigrante a deixar o seu filho em uma creche por muitas e muitas horas e partir para cuidar de um bebê de família rica no outro lado da cidade (provavelmente ela nem more em Paris, também), no 16º arrondissement. A música é a única coisa que os conecta, a música que cantou para acalmar o choro de seu bebê e termina por acalmar o bebê branco e louro de sua patroa. Infelizmente não acontece só na França, nem tampouco somente com emigrantes. Acontece pelo Brasil a fora e muito eu vi de mães que deixam seus filhos por doze horas em uma creche porque moram muito longe e ainda tem de trabalhar e fazer horas extras. Mais da metade deste curta é passado no longo e cansativo percurso que é tão somente o pano de fundo para uma metáfora do fosso que separa a sua vida dificultosa dos bem abonados residentes de Paris. Muito bom, recomendo porque nos leva a refletir (e no meu caso principalmente agradecer pelo marido trabalhar apenas três minutos de casa) na qualidade de vida, no tempo de vida que perdemos em deslocamentos, no pouco tempo que há para a parentalidade, enfim...poderia ficar horas falando só sobre este vídeo.

Encontro mais que esperado

O Fabian "desarmou" o Papai Noel ao dar-lhe um abraço ao invés de um aperto de mão como ele havia dado as outras crianças. Felizmente lá estava o pai para traduzir tudo, não vá o bom velhinho não entender o que ele quer de Natal...


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

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