Só agora notei que o último post que escrevi foi o de número mil! Uau e eu que pensei que ia abandonar este blog em três tempos. Agora, voltando à programação normal: alguém me explica porque as pessoas #abusam #tanto #das #hashtags? #E #da #nossa #paciência? Isto faz sentido no instagram, agora eu não sei se sabem, mas em sites como blogs e até no facebook fica um pouco enjoativo para não dizer abobalhado, a mensagem se perde entre tantos links e irrita tanto que a primeira coisa que eu faço é sair logo daquela foto. Agora, a cereja do bolo é fotinho com pencas de hashtags como se fosse uma árvore de natal e...caretas! Ainda vou me dar o trabalho de fazer uma enquete: porque vocês se "esculhambam" tanto? Olhos vesgos, boca torta, língua para fora, pra quê? Não estou falando de umas simples fotos bizarras, mas tem gente que há tanto tempo tira fotos assim que já nem lembro qual é a sua cara (de verdade). Vale o ditado popular: cara feia pra mim é fome! E pelo visto #temmuitagentededietaporaí.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Multiculturalidade
Hoje comi biscoitos turcos, um (pedaço de) bolo georgiano, um (pedaço de) bolo russo e por sua vez todos que provaram o negrinho foram conquistados pelo "bonbon". Alguns colegas não vão voltar depois das férias, uns porque voltam para o seu país, outros porque vão fazer um curso profissionalizante, outros porque vão ter bebê. Pudera, que este é um curso que tem a duração de um ano letivo, e com duas aulas pela manhã durante a semana, complica para quem arrume trabalho. No entanto, estas aulas tem sido de uma oportunidade única, jamais havia convivido com tanta gente de tantos lugares diferentes. No Brasil, lá no sul, não é comum ver tantos estrangeiros e em Portugal, tirando uma vez que outra que algum gringo me perguntou direções, não tive qualquer outro contato. Hoje finalmente perguntei para uma moça síria o porque do véu e se havia pintado o cabelo já que cusca como sou, tinha lhe antevisto as sobrancelhas ruivas que antes eram escuras. Depois de alguma conversa e mímica, mostrou-me as fotos no celular do antes e depois e confidenciou-me que o marido gosta muito de loiras e do quanto ela adora vestir-se com roupas curtas em casa. Aquilo que por certo me causaria azia tempos atrás, só me fez rir porque pensei comigo no quanto o Fernando adoraria este costume, ao invés de ter de rivalizar com os olhares dos outros homens na rua.
Não sei se amadureci, mas hoje acho que a convivência é a única forma de derrubar preconceitos. Quisera eu que todas as pessoas pudessem ter uma amostra do que é viver em outro país, do quanto é importante todas as fases pelas quais passa um emigrante. E como é delicado todo este processo de reconstrução e de luto. Mas é esta morte emocional que nos possibilita sair do senso comum, nos fazendo refletir sobre a nossa própria brasilidade. A primeira fase tal como na psicologia as cinco fases da perda, é a negação: é um momento de luto interior, há uma certa resistência na mudança; segundo vem a raiva por ver que não conseguimos nos adaptar e desistir de nossa identidade tão facilmente. É a fase da comparação, geralmente sobrepomos a nossa visão de mundo como sendo a certa e queremos em vão que todo o resto mude para que nos sintamos confortáveis. A terceira fase traz-nos a tentativa de aceitação, no entanto alguns preconceitos e barreiras que formamos estão longe de serem derrubadas. A quarta é uma espécie de melancolia, dá uma vontade de baixar os braços, a realidade é robusta demais para que se consiga mudar. Há um vazio que precisa ser preenchido, uma busca por identidade e talvez nacionalidade. E por último temos a aceitação...é quando o quebra-cabeças encontra solução, não como se a vida viesse pronta e a nós apenas nos basta ir à procura de peças finitas. Mas é quando o todo passa a fazer sentido, embora este todo não tenha nada além de soluções temporárias, pois que quando superamos um nível de dificuldade, as peças embaralham-se outra vez e outra vez e outra vez. A única diferença é que já conhecemos alguns atalhos e não ficamos dando de cabeça pelas ruas estreitas da vida.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Este não é um blog de culinária...
mas hoje foi dia de fazer negrinho (ou brigadeiro como ficou mais conhecido). Amanhã temos a nossa festa de encerramento do ano, pois vamos de férias outra vez e só nos vemos no ano que vem. O marido tem que levar alguma coisa para os colegas na próxima semana , e lá vou eu para a panela de novo. Se gostarem, não me importava nada de vender, é sempre um dinheirinho que entra!
![]() |
Super coloridos que é como se quer um pouquinho do Brasil a adoçar a boca. |
Eu e o peso, o peso e eu
Não sei se nasci para aulas de grupo Shaun T...sabe, é que mesmo que vocês não me olhem lá do dvd, tão neuróticos e concentrados em contorcerem-se e sorrirem simultaneamente, sinto-me para além do ridículo. Vocês vão para um lado, eu vou para o outro. Vocês fazem flexões com abdominais e eu só consigo escorregar as mãos no meu próprio suor e quase dar de dentes no chão. Vocês pulam alto e eu tenho de cuidar para não bater no teto da minha vizinha elefanta. Até pensei que ah e tal, este insanity deve ser areia demais para o meu caminhão cegonha, vou tentar o dance party. E...meu querido Shaun aquilo não é de Deus. Sabem lá o que é ficar trinta e tantos minutos a ouvir em replay não a mesma música, mas a mesma parte da mesma música? E quando ia nos dez minutos, tinha o marido a gritar que não aguentava mais os teus "go go go" "work baby" "yeah hum hum, camon" . E isto não é tudo. Realiza bem a cena da popota aqui a tentar dar um ar gangster enquanto o filho de três anos se enreda aos seus pés, tentando lhe imitar? Acho mesmo que devias fazer um dvd pensando em nós, mães que não conseguimos nem fazer cocô sozinhas, que dirá fazer meia hora de ginástica! E já agora, tuas dançarinas bem podiam ser pessoas que realmente precisam perder peso e não criatura magrinhas (como eu já fui um dia) para amaldiçoarmos com a tão conhecida inveja feminina. Deixo aqui umas sugestões de exercício: abdominais enquanto nos torcemos na banheira e o filho nos foge do chuveiro, sprint quando tentamos que aquele velho jeans nos entre por mágica novamente, flexões quando temos de fazer uma caça às chuchas embaixo do sofá. Sabe Shaun T, é que ser mãe é como aquela coisa que gostas de dizer muito...it's all about speed!
Assinar:
Postagens (Atom)