quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Fabionices

Fabian e a morte


Logo que chegamos em Schiltigheim, em setembro, demos um longo passeio e creio que fizemos a volta na cidade. Quando passamos por uma pequena igreja muito bonita por sinal, que fica há umas duas quadras de casa, o Fabian me puxa pela mão. Ao lado dela havia um cemitério igualmente pequeno, com as portas abertas:
- Mãe, mãe, vamos visitá a família? 


* * *



Ontem ao voltar do mercado o Fabian pergunta ao marido:
- Pai vamu naquela rua?
- Não, não podemos ir lá. Tem carro.
- Não pode porque aí o carro pega nóis? E depois a gente morre...e a mamãe vai chorá muito?

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Hoje to com a macaca

Quando tentei sorrir (por educação) hoje foi mais ou menos isto.


O marido teve uma excelente ideia às seis da manhã: levantou-se, espiou o telefone e trouxe o Fabian que estava dormindo serenamente para o meu lado na cama. No mesmo minuto eu perdi o sono e enquanto tentava fechar os olhos com mais força xingando em pensamento, a voz do Fabian não se calava. Mamãe...o papai não vem? Posso nanar com o papai? Tá na hora di acodá! Nisto ouvia-se um ronco incessante. Ah pára! Agora consigo escutar a vizinha de cima roncando, era só o que me faltava. Eu com insônia às seis da manhã, o Fabian tagarelando e o ronco da vizinha. Ia mandando ele ficar quieto e dormir que o pai estava no banho e depois viria buscá-lo, mas só depois descobri que o ronco era nada mais nada menos do que o do senhor meu marido!!! 
Levanto com apenas cinco horas de sono e meto-me no chuveiro a ver se aparecia com uma cara decente na aula. Cai o shampoo nos olhos e quando olhei no espelho só tive vontade de gritar ao ver a cara de chapada que estava: com os olhos pequenos e vermelhos... Chegando na aula, constato a carrada de georgianos, russos e polacos que invadiram o curso e agora temos de retardar todo os que estavam avançados para dar matéria aos recém chegados. Voltamos às aulas de mímica e ao verbo être e avoir.  Tanta emoção! Saio da aula para buscar o Fabian já puta da cara o suficiente para me dar conta de que chovia e tinha esquecido o guarda-chuva em casa. Mas como nada está ruim que não possa piorar, na volta percebo que a chuva passou a neve... muita neve. O Fabian pede para amarrar os tênis no meio do caminho, flocos de neve entram-me nos ouvidos e na boca. Venta. O sinal fecha, as minhas calças vão ficando com grandes bolas brancas que caem e deixam redondos molhados. Isto seria chato se eu sentisse as minhas pernas, mas não as sinto de tanto frio. A sombrinha de uma menina passa pelos nossos pés. Podia gentilmente fazê-la parar para que ela a alcançasse, ao invés disto, desvencilhei-me com raiva e segui no vento e no gelo. Tá certo São Pedro, entendi o recado. Só te aviso uma coisa, não tenta esfriar a cabeça de uma mulher menstruada. Não tenta. Ah e tal a neve é linda, é romântica (só que não). Manda bombons São Pedro, não melhor, manda meus quilos embora, caramba que tu não tens muito jeito com as mulheres...

sábado, 25 de janeiro de 2014

Ah se a minha TPM falasse



Quando eu te vi fechar a porta, eu pensei em me atirar pela janela do 8º andar... invés disto eu dei meia volta e comi uma torta inteira de amora no jantar...

Diferenças

Eu eu a minha mania de boa samaritana escrevemos em um site sobre custo de vida em Porto Alegre, minha cidade natal e agora tenho carradas de gente a fazer-me todo o tipo de perguntas. Um deles, do Rio de Janeiro, pretende se mudar para lá a trabalho está apavorado com o frio de 20 graus...(e eu aqui com -3)

sério...20 graus dá um bom dia de praia, não?
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