sexta-feira, 18 de julho de 2014

Tanto tempo perdido

Ah se eu soubesse... Se tivessem me dito que não custava nada, que eu não precisava ter dito tantos nãos (ai os anos na completa ignorância!), que eu poderia correr livre e solta...eu tinha usado  um absorvente interno antes. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Na sala de espera

Depois de falar incontáveis vezes que eu não estava doente, que a médica iria apenas examinar algumas partes do meu corpo para ver se estava tudo bem, o Fabian insistia no dodói na minha barriga. Até que eu cedi. Ele perguntava, eu tacava-lhe "hum hum" sem pestanejar. Ele virou-se para a estante repleta de folhetos informativos e sacou um dos ginecológicos que mais lhe chamou a atenção. Ficou longo tempo a olhar as figuras, folheava, depois voltava. " Mamãe, já sei poque tua barriga tá doendo". Ah é, porque? Sim, mãe, tua barriga tá cheia de bolinhas...ó! Vira-me o folheto e me mostra o desenho de um canal vaginal cheio de espermatozóides...

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Mãããããeeee olha o "cófaço"

E é assim incontáveis vezes no dia. Mããe. Ô mããe. Manhê! Olha, olha, olha o cófaço*! Vou olhar a coisa espetacular e é um pulo seguido de um despencar sobre o sofá. Ou um gesto a bagunçar o cabelo. Ou uma empinada discreta no patinete. Quando estamos eu e o marido então é uma guerra. Intromete-se quando falamos para olharmos qualquer coisa que ele está fazendo neste momento. Eu já me peguei gritando para o Fernando: olha de uma vez porque aí ele pára!! E de fato isto apazigua o pequeno por instantes até inventar uma nova dança ou coisa do tipo.  
Já vi pais falando mal da adolescência, do quanto o filho não quer saber de ninguém, que chega em casa e se tranca no quarto e só sai de lá para comer. No quanto sentem-se tristes porque os filhos não os  acompanham nos programas de antes e que agora tem tempo só para o casal, tempo demais. Escuto com toda a atenção possível e tento simpatizar com a dor deles, mas tudo o que penso é que esta fase ermitã parece o céu depois da overdose de interação na primeira infância. 
Vá, me dêem um desconto que estou há três dias com o Fabian em casa, faz frio e chove sem parar. 



*o que eu faço

Não é só futebol

Não é, não sejamos ingênuos. Esta vergonhosa derrota do Brasil contra a Alemanha reacendeu uma velha disputa. Tenho a minha timeline invadida de posts de portugueses, alguns extremamente ofensivos que chamam as brasileiras de putas e tals. Tenho um "amigo" que colocou trinta postagens ridicularizando o Brasil aí eu me pergunto porque? Porque dar tanta importância? Porque gostar de ver o outro perder? Como eu já disse, não tive uma única pessoa que fizesse o mesmo quando Portugal perdeu, tive sim, foi gente fantasiada de vermelho e verde a torcer por eles. Então porque esta reação? Mágoa, raiva, inveja? Eu to crendo que sim. E é nestas horas que a falsa cordialidade do país irmão cai por terra, porque sim, nestes seis anos que morei lá encontrei muito mais gente que odiava ou simplesmente tinha picuinha pelo Brasil do que o contrário. Desta vez Freud não explica, mas explica a História. Dói ver uma ex-colônia superar o colonizador, não dói? Pena que a copa acaba, mas a crise fique. Ou nem tão pena assim.

O recalque bate nas cinco estrelas da camisa e volta em caspa pro Cristianinho.

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