sábado, 15 de agosto de 2015

A adolescência da infância

Ninguém nunca me avisou que a adolescência começava tão cedo. A minha vó trouxe o Yoshi, meu cachorro que tinha ficado no Brasil. Ontem à noite discutíamos sobre quem ia levá-lo à rua. O Fabian que observava tudo, levantou o dedo:
- Mãe eu tenho uma idéia,  não te peocupa. Tu fica em casa, o papai fica em casa e eu levo o Yoshi sozinho. Eu já sei ondi qui eu posso andá com ele. Eu já sou grandi porque eu comi tudo!
E eu já tenho cinco.
Maior ofensa para ele é dizer que não,  ainda tem quatro, mas faltam só alguns dias para os cinco anos.

Fabionices

- Mãe faz assim. (Movimento com as mãos para cima em direção ao alto da cabeça já lotada de gel).
Não mãe,  assim  ó!
- Tô tentando, Fabian mas o teu cabelo está muito curto.

Mais tarde olha uma foto na internet do cabelo de um punk:
- Viu, mãe,  assim é que fica bonito!

domingo, 9 de agosto de 2015

Dia dos pais

Achei muito interessante a colocação de uma das meninas do grupo que temos no Facebook. Ela reparou que não há quase casos de pais que agradecem por passarem por esta experiência como tem nos incontáveis exemplos maternos. O que mais há são filhos agradecendo ou esposas bem dizendo o melhor pai do mundo com que presentearam seus filhos. Resposta para este questionamento: ou ser pai não é nem de perto o ápice que é ser mãe ou (sabendo que a maioria deles sai-se, como dizer de forma delicada, miseravelmente neste papel) rola uma certa vergonha na cara? 

Não entendo

Talvez nunca vá entender mesmo. Não entendo porque vejo mulheres exaltando a maternidade e depois tem filhos só para por em uma creche (não trabalham) ou no caso de uma conhecida, passava os dias suspirando sobre o quanto queria ter filho. Engravidou uns anos depois, o menino mal tinha nascido e ela andava a querer voltar a trabalhar pois estava desempregada. O senão é que ela era aeromoça, ora uma profissão no meu ponto de vista, completamente inconciliável com quem tem um bebê de colo. Depois de muito insistir, ela está em outro estado fazendo um curso de preparação para começar em uma outra empresa, entregou o filho para os avós criarem, o marido se desresponsabilizou e para quê? Para ver o filho através de vídeos do whatsapp e visitar uma vez no mês?
Tenho mesmo a impressão que em muitos casos que conheço ter filho virou um capricho, uma modinha. Se sabe-se à partida que não terão o mínimo de tempo  para estarem presentes, mais valia adotarem um gato, sei lá, porque até cachorro demanda algum trabalho. E depois vão dizer aos quatro cantos que amam ser mãe, que isto as completou, patati papata. Da mesma forma como se pegassem o gadget mais cobiçado do ano, tirassem foto para se gabar, para logo em seguida depositarem em um canto qualquer.
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