Era para ser o segundo se eu não tivesse posto nesta cabecinha que as aulas começavam dia 2. Agrada-me ver as caras felizes das mães, pais e claro, das crianças ao voltarem para a escola. Ninguém achou que estava contracenando com a Sandra Bullock ou a Meg Ryan, nem se abaixou, com a mão ao peito enquanto puxava discretamente um lenço e dizia em tom definitivo um molhado "au revoir". Graças ao Nosso Senhor do meu Saquinho! Multiplica mais mães assim!!
Deu para notar que não sou só eu que andava saltitando em nuvens de algodão doce quando finalmente deixei para trás aquele portão verde.
Preveni as amigas trintonas desesperadas por engravidar (algumas já gravidas): nunca mais por um período de 18 anos pelo menos, vais ter férias. Não existe férias com crianças. Existe um limbo tipo aquela cena do Matrix quando o Neo descobre que ficou em um liquido pegajoso sendo sugado a vida inteira. Isto é um panorama até alegre da coisa, a verdade é muito pior (acrescentar risada maléfica).
Sabem aquelas pessoas que dizem nã, a vida com filho não muda nada? Elas mentem. Experimentei dois dias de passeio, nada de outro mundo, uma ida a Cannes e no outro dia, a Monaco. Mais da metade do tempo foi gasto em carrossel e porcarias de jogos porque la está, eles não se interessam por museu, nem casino, nem por andar à esmo pelas ruas. Acho, ~só acho~ um pouco ridículo rodar kms e kms apenas para ir em pracinhas e brinquedos que se tem ao virar da esquina.
Então não, não consigo entender que alguém chore no primeiro dia de aula de um filho. A criança está indo para a escola não para a guerra, vão voltar a se ver no fim do dia e não ao fim de um ano...
Se for para chorar, que sejam lágrimas de alegria.