terça-feira, 13 de outubro de 2015

Maratona

No meu caso só se for de novela ou série. Eu sei que to sempre atrasada, mas só agora terminei de ver o último capítulo de Verdades Secretas. Foi uma semana devorando episódio atrás de episódio. Tenho algumas considerações a fazer: Gianecchini que que é isso meu Deus! Antes eu achava ele gato, mas agora que tá ficando mais velho, grisalho e tals, tá ficando do jeitinho que eu gosto. Ui abafa, abafa. Ameeeei o Visky, adorei a música dele também. Depois da gente estar acostumado com as novelas top brasileiras, não tem como ver de outros países...é porque não dá nem para comparar. Esta e a Avenida Brasil ficaram para a história, muito, muito boas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Voltei

 Segundo dia naquela sala, poucos colegas e todos à volta dos setenta anos. "É um clube de aposentados", falou a professora com um sorriso meio borrado. Sim, foi para aqui que a Mairie me enviou quando perguntei sobre um curso de francês para estrangeiros. O curso se chamava "Auxilio à leitura em francês" e estava entre os de tricot, bordado e pintura. 
Somos em cinco: dois ingleses (Gavin e Jane), uma colombiana (Leonor) e um sueco (Boo ou seja lá como se escreve). Muito simpáticos e cheios de histórias. Por exemplo, ficamos sabendo do romance de verão de Boo com uma mulher casada e da sua preocupação em manter os níveis de testosterona. Hoje falamos sobre AVC, sobre a cirurgia no olho de Gavin por conta da pressão alta. Enfim, sinto-me como estivesse falando com os meus padrinhos, em casa, portanto. E feliz.
Jane quis saber porque deixei o Brasil e eu imagino que tenha passado a semana esperando para ouvir a resposta, já que ao final da primeira aula disse que não me achava deslocada, pois convivo com meu marido que tem 60 anos. 
A boa noticia é que apesar do Fernando estar constantemente me puxando as orelhas, quando digo que estou aqui fez dois anos em setembro, eles ficam admirados porque falo muito bem. Cof cof. Nem tanto, ainda tenho uma conjugação verbal terrível e às vezes escorrego o pé no inglês. De qualquer forma, para quem teve sempre dificuldade em línguas, acho que estou indo bem. Podia estar melhor, podia, mas agora com objetivos e aulas novamente, sinto-me mais estimulada a praticar. E hoje adquiri meu primeiro livro em francês: Nouvelles à Chute. Segundo a professora, pequenas histórias com final surpreendente  (como foi a minha vida ao deixar o Brasil). Quem diria, euzinha? 

Sobre o outro blog

A quem me enviou email, aquele blog eu fechei há muito tempo, desculpa!

domingo, 27 de setembro de 2015

Ah esta coisa que nunca sai de moda...o pensamento binário


Aqui de boas esperando dizerem que sou assim porque sou filho único.



Estes dias li um textão super "emocinante" sobre a tragédia que é ser filha única. Dizia a autora enquanto esperava o pai fazer uma ultra-sonografia, que é um terror não ter irmãos. Porque se, ou melhor, quando os pais morrerem ela vai estar sozinha nesta dor e daí eu me pergunto, se tivesse irmãos seria tão diferente? Além de cada um viver o luto de uma forma, o que as pessoas não entendem é que a vida não é uma equação. E caso fosse, os exemplos que tenho são muito mais negativos, de desunião ou de simples indiferença entre irmãos que só me resta pensar ser uma falácia a história de que ser filho único é sinônimo de infelicidade.
Ah deem um irmãozinho para ele, é o melhor presente que se pode dar a um filho. Não. Para. Meu filho tem ciúmes do meu cachorro: passo o tempo todo dizendo para ele não machucá-lo, para ter jeito com as brincadeiras brutas, chega a ser tão desgastante que às vezes me arrependo de ter pedido para minha vó trazê-lo. E se ele faz isto com um animal, imagino o que seria com um bebê que demanda muito mais cuidados e atenção (fazendo um exercício de abstração e esquecendo o fato de que eu não toleraria mais nenhuma criança na minha vida). Será mesmo que um irmão é a melhor coisa a se dar "de presente"? Um elemento que vai perturbar ainda mais a logística familiar e, levando em conta a experiência de quem passa por isto, não poderia fantasiar de que seriam amigos e brincariam juntos, quando o que mais ocorre é o contrário. Brigas e disputas por brinquedos e pelo amor dos pais. Ah," é bom para aprenderem a não serem egoístas". Sim, porque quem tem irmãos são como a madre Teresa né? E quem não tem são como quem, o Darth Vader? Pessoas, admitam que querem ter mais filhos por vocês e parem de arrumar justificações baseadas em fluxograma de família feliz. E para a autora, gostaria muito que ela parasse de se iludir com historinhas de novela...às vezes os verdadeiros irmãos (que nos fazem ser pessoas melhores), são aqueles que escolhemos pelo caminho.
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