quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Maternidade consciente

É a segunda vez que você vê um menino dar um soco na cara do seu filho.
Assinale a opção correta:
( ) Diga para ele contar para a professora.
( ) Diga para que ele converse com o menino e pergunte o porquê deste comportamento sem perder a calma, afinal, crianças são como nós, eu vi uma 'coach da maternidade' dizer.
( ) Diga que chore e "conte tudo para sua mãe, Quico". (Entendedores entenderão )
(X) Diga para que dê um soco no nariz do menino. Melhor, um chute no saco que dói mais.
Como dizem na minha terra: dou um boi para não entrar numa briga, mas dou uma boiada para não sair. Vê se o moleque enfrentando uma dor horripilante destas se não vai pensar duas ou três vezes antes de bater de novo no Fabian?
Um grande foda-se para a criação à moda Gandhi que tive,  se eu soubesse me defender, teria tido muito menos problemas na minha vida.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

All the time




Quando o google tentou adivinhar minha pesquisa, me deparei com: "como desenvolver a mediunidade" e pensei em meio a muitos palavrões porque alguém gostaria de desenvolver este suplício. Ah já sei, quando pensam em médiuns, logo imaginam aquele palhaço que se presta a ficar no meio do palco com um microfone dizendo que vozes lhe alertam que algures na plateia tem uma criatura que perdeu um ente querido. Oh! Quem nunca? E que alguém próximo irá decepcioná-lo ou ainda, que terá dificuldades financeiras e amorosas. Aí praticamente ele previu a sorte de 99% do público. 
A maior parte das pessoas que acham que ser médium é legal, não faz a menor idéia do que é ser de fato médium. Pensei trocentas vezes antes de escrever sobre isso, mas depois liguei o foda-se... se o blog não servir para partilhar minhas coisas de vez em quando, o melhor é fechar logo. 
Sempre tive medo da noite, desde os quatro, cinco anos até...bem, até hoje. Mas teve tempos piores...tinha dias que eu olhava para o céu escurecendo e começava a sentir uma angústia tomando conta, e eu sabia que estava só começando. Não ouvia nada, nem via, era acho eu, apenas uma antecipação do que iria acontecer depois. 
Não recordo da primeira vez, mas foram se intensificando e  até acontecer duas a três vezes na semana. O marido se não morreu de ataque cardíaco, não morre mais, porque cada vez que eu os via ao lado da cama ou no quarto à espreita, eu gritava e dava um pulo.  Alguns eram como sombras, outros tinham qualquer coisa que os diferenciava como a silhueta do nariz e outros apareciam de forma detalhada, cor de olho e tudo. Não são pesadelos, pois demoram certo tempo até se "desfazerem", também não fazem grande alarde a não ser me jogarem coisas na mesma matéria de que são feitos, coisas estas que se dissolvem um pouco antes de me tocar. 
Primeiro foram os sonhos premonitórios, uma ou outra aparição em anos, depois começaram os sustos noturnos e agora ando na fase de me importunarem durante o sono. Isto é, eu durmo e depois acordo, mas meu corpo não. Estou plenamente lúcida, saio do corpo alguns centímetros, tento encaixar a minha mão na "minha mão". Ainda esta semana, cochilei no sofá. Abri os olhos e pensei em ir para o quarto. Levantei e comecei a caminhar, quando notei já quase na porta da sala,  que algo estava errado. Eu caminhava de forma muito estranha, parecendo que tinha mola nos pés como se a gravidade exercesse pouca ou nenhuma força sobre mim. Então olho para trás e vejo-me deitada no sofá. Caminho de volta e olho bem para meu rosto como se ele fosse apenas uma coisa inanimada, um invólucro sem vida como naquele filme Substitutos com o Bruce Willis. 
Descobri que isto se chama "paralisia do sono" e que há inclusive um documentário com depoimentos de pessoas de várias partes do mundo. Se fosse apenas isso tudo bem, no entanto, são nestes momentos em que encontro-me mais frágil. Sinto a presença deles no quarto, sinto quando desloco-me do corpo e quando algo se acopla na minha nuca. Arrepios pelo corpo todo, depois uma certa dormência que por sua vez, dá lugar a uma espécie de descarga elétrica que jorra de mim para "alguém". Certa vez coloquei a mão e aquilo era como por a mão em um jato muito forte de água, como aqueles aparelhos que usam para lavar carros e muros. É indolor, mas extremamente incômodo porque eles me impedem de voltar ao corpo...sinto-me presa até terminarem o que vieram fazer. Procurei na net e vi que bem onde sinto a conexão, fica o chakra nucal, quase não se fala nada sobre ele, apenas que é ali que os espíritos costumam se ligar quando há psicofonia.
E tudo ficou mais forte depois que estou sozinha aqui, logo para quem ja é cagona por natureza, para quem já morria de medo de dormir sozinha... tá demais, tá beleza, tá ótimo. Ainda tenho que ficar feliz quando vêm sozinhos, pior quando vem um, depois outro, depois outro. Quando me seguram e eu me debato e grito e xingo e rezo, não necessariamente nessa mesma ordem. Uma das experiencias mais traumáticas: vieram três deles para cima de mim, quando finalmente consegui voltar, eu sentia-me um trapo, usada, como se tivesse sido estuprada. Eu brinco, eu rio, mas foi uma merda. Não, queridos, vocês não querem desenvolver a mediunidade nem ter nenhum contato com o mundo espiritual. Quem me dera estar na posição de duvidar dessas coisas malucas que escrevi, mas eu sei bem direitinho que isto existe. E logo aqui que é o berço do espiritismo não há um centro espirita sequer para me ajudar neste momento. E que remédio senão voltar à doutrina, voltar a fazer o evangelho no lar como eu fazia quando morava ainda no Brasil? 
Os ataques diminuíram, mas não cessaram, também, por ora, as visitas surpresa no quarto, só não sei até quando.

Pequenas coisas que moém o juízo



- Aceitar que meu filho vai falar "alouim" ao invés de helloween. Não só aceitar que ele vai falar assim, mas ter eu mesma de pronunciar o inglês de forma errada só para que os outros entendam.

- Pessoas na fila do mercado. Sério. As criaturas ficam coladas na bunda da gente, cafungando o cangote porque acham que a fila vai andar mais depressa? Tai uma lei da física que eu não conhecia: quanto mais um corpo se cola no outro, mais rápido o tempo passa. Humm, isso não vale para filas de mercado ou de qualquer outro tipo a menos que façam um trenzinho e saiam cantando conga la conga.

- Carteiros que não sabem ler. Ou colocar a correspondência certa na caixa certa. Porque diabos não se guiam pelo numero ao invés do sobrenome?? Tão mais fácil...já estou há um ano trocando cartas e pacotes com a minha homónima D. Garcia.

- Meus vizinhos fofos. A tolerância por aqui funciona assim: barulho de obra? Isso é Bach para meus ouvidos. Podem demolir o prédio que ninguém reclama. Cachorro latindo? Oin que "mignon". Tardes de conversas e gargalhadas (de adultos), maravilha! Festas à noite com mulher de tacão até uma hora? Sem problema. Criança brincando na sacada? Oh que absurdo, chamem a policia. é barulho demais para os nossos ouvidos de velho. Depois sou eu a ruim, mas tem gente que ta só ocupando ar nesse mundo. *


*quando pela segunda vez o vizinho de cima mandou o Fabian ficar quieto, eu mandei-o tomar no cu. Acho que ele entendeu que tinha a ver com pescoço (cou), mas sempre ouvi dizer que o que vale mesmo é a intenção.




Bota a mão na cintura e se joga francesada!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

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