quarta-feira, 11 de julho de 2018

I drive my self crazy


Nunca pensei que fosse me tornar aqueles personagens caricaturais de filmes de terror, mas a vida meus amigos, ela surpreende. Sabe aquele ator sem expressão, com cara de quem já se fodeu feio e traumatizou? Geralmente ele serve para introduzir o mocinho (a) na história e deixar a gente com mais medo dos perigos que ele vai enfrentar. Ele não quer falar sobre o que aconteceu, fica naquela empatada básica e acaba sempre soltando uma frase meio sem nexo antes de sair de cena ( e sim, de morrer). Porque o infeliz tava lá vivendo a vida de merda dele até ser importunado e pumba, bater as botas. Essa sou eu hoje. E eu não queria por nada falar sobre o que eu passei. Seja por medo de não acreditarem em mim, seja por voltar a atrair os odiozinhos de estimação, seja por estar vivendo de certa forma encagaçadamente. Mas foda-se. Escrever sempre foi uma forma de terapia para mim. Então sim, eu vou falar. Voltando à vibe de filme de terror, se tem algum conselho que a gente aprende vendo essas coisas é: não invoquem espíritos. Mas eles sempre se referem ao jogo do copo, nunca falaram nada sobre cartas de baralho. E eu com toda a ignorância mesmo tendo passado parte da infância e adolescência em centro espírita, não me dei conta do perigo que eu tava correndo. Achava que as cartas eram um portal para o meu interior, estudei dois, três meses e fui aos poucos ficando obcecada com elas. Acontece que eu sou médium psicofônica, nunca saberia até ter passado por tudo isso. Dois espíritos desencarnados entraram em contato comigo e falaram através da minha voz. Não me deixavam em paz, não me deixavam dormir ou comer direito. Inventaram mil histórias loucas que se confundiam com um passado medieval aqui nessa cidade. E eu fui me afundando cada vez mais, com medo e desespero por não ter um centro espírita (ou de umbanda, já tava por tudo) perto. Um filho que já notava a diferença até no meu caminhar e um marido que não acreditava em mim. Fiquei duas semanas sem dormir e sendo de tal forma importunada que tinha perdido o controle da minha boca, que falava sem parar. Eu precisava urgentemente de ajuda e sabia que a única forma era ir para um hospital psiquiátrico. E então, depois de mais uma das loucuradas que cometi, meu marido disse um basta e finalmente fui internada em março de 2017, numa cidade a 40 km de casa. 
Eu hoje brinco que perdi a oportunidade de sair de maca gritando dentro de uma camisa de força ( para muita gente isso daria um excelente storie), pois não é para qualquer um. Mas eu já estava um bagaço: mistura de sono, cansaço e medo. Assim que entrei na ambulância eu desabei num sono profundo.

Tirando o pó da blogosfera

Estou voltando na cara dura como se nada  tivesse acontecido. Meio como aqueles hipsters que voltaram aos diskman com fones de espuma preta, volto eu à blogosfera ( é assim que se fala ainda? Ou já temos uma gíria nova?) Agora que a moda são vloggers e youtubers e o caralho a quatro . E esse post é de certa forma aquele tampão que antecede à diarréia que está por vir. Vou ali abrir as janelas para tirar esse cheiro de mofo, abunde-se aí que eu já volto.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

A moral ja nem é de cueca, é pelado mesmo

Collor (impedido em 92 e hoje senador) dando lição de moral e fazendo-se de vitima.
"Jamais o Brasil passou por uma confluência tão clara por crises na politica e na moralidade".
Gente, o C-o-l-l-o-r dando lição de moral, vou repetir porque é tão surreal que não consigo levar à sério. Ainda por cima envolvido na lava jato com propinas que rondam quase 30 milhões de reais! 


Chora, não vou ligar...





Quando conversamos pela primeira vez sobre o impeachement, disse ao marido o que eu achava que ia acontecer. Ele, cheio de dar de ombros, ria, nã, isto não vai passar na câmara. Pois e lhe disse oh, sabe o que mais? Ai que vai foder tudo, ela sai, Temer assume, entrega o pré sal aos americanos, passam uma caralhada de leis a favor dos grandes empresários (que são quem financia aquela porra toda), inflação aumenta, desemprego também. Corta-se ainda mais em saúde e educação. Cambada evangélica pira em leis contra o aborto, contra o direito dos gays,  falar em demônio e em deus no plenário será corriqueiro. E a coxinhada feliz porque a corrupção já não incomoda tanto assim e veja bem, toda essa merda ainda é culpa do pt mesmo que se passe vinte anos. 
E o mais triste é que não precisa ser mãe Dina para adivinhar o futuro, basta um pouquinho de testa: a maquina estatal sempre tão incompetente, demonstrando nestes últimos dias tanta pressa e eficiência, como podemos ser trouxas em acreditar que é para o bem do povo? 
Dizem que até foguetes soltaram quando saiu a decisão do senado. PMDB espalhando no facebook  a cara botocada de Temer com a mão no queixo  (segurando para não rir?): "Falta pouco para unir o Brasil e fazer um governo sem rancor e sem ódio".  Não estou conseguindo lidar com tanta cara de pau, com tanta burrice junta. Mas é apenas questão de tempo para chorarem as pitangas de um governo liberaloide que esta se fodendo para o povo. E eu? Vou festejar, já diria Beth Carvalho em uma composição para sambar na cara da direita, desta vez, uma direita tosca, pobre, que vai descobrir tarde demais que foi barrada em sua própria festa. 

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