quinta-feira, 9 de julho de 2009

notícias


Ainda estou um pouco down...saio, faço a minha ginástica, vou à praia, mas ainda não sinto o humor melhorar, estou mesmo uma velha ranzinza. Vamos ver, quem sabe aos pouquinhos este astral vai subindo? O melhor de tudo por enquanto tem sido o meu cabelo, estou amando ele! E eu que achava que ficaria feia loira?!

domingo, 5 de julho de 2009

Seis anos.

Semana passada fizemos seis anos, é a única data que comemoramos, pois foi o dia em que me pediu em namoro. Tenho dificuldade de lembrar as coisas e isso facilitou pois ele também. Mas não teve comemoração, não há o que comemorar...A quem tenho tentado enganar? Não sou feliz...tenho estado em estado depressivo há sete meses... Vario dias menos ruins, alguns até bons, mas outros péssimos. Preciso de ajuda eu sei. Já fiz seis anos de terapia no Brasil e tento praticar algumas coisas aprendidas neste tempo, mas está sendo difícil sozinha.
Minha amiga convidou-me ontem para ir com ela e os dois filhos ao festival do Panda e como já havia me comprometido fui. Estava nos primeiros dias do período e me sentia péssima para fingir qualquer coisa. Via todos a minha volta, muitas crianças, muita alegria, inocência e sorrisos, mas no gramado do estádio me senti completamente só. Como era possível? Sentia-me um naufrago a olhar para o oceano, um infinito vazio, agarrado aos despojos de meu sonho. Claro que chorei...Ela me fez a constatação óbvia do quanto estou emocionalmente desequilibrada. Fato que há muito tempo queria falar, mas ela também estava passando por um momento difícil e tive que eu lhe dar apoio. Ontem foi a vez dela. Chorei e chorei, falei, gritei...cheguei em casa e chorei mais umas horas...e ainda choro por qualquer coisa. Acho que pela primeira vez senti falta da minha mãe ou pelo menos de uma figura materna...alguém que me pusesse no colo e me passasse a mão na cabeça. Alguém que não me julgasse, apenas me escutasse calmamente e me dissesse que tudo ia passar. Que essas são as dores do crescimento, que as dificuldades vão ser ultrapassadas e que aos poucos ia entender isto e seguir meu caminho.
Ainda há muita revolta dentro de mim, muita raiva, muitas questões não resolvidas...Cheguei a ponderar em não fazer tratamento pelos próximos dois anos, prazo que quitaria todas as dívidas dele e que enfim poderia começar a construir a nossa vida. Mas já não sei se tenho forças para todo o processo de uma ICSI, para os homônios, para um possível negativo. Não sei se estou preparada para tudo outra vez...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Feriadão




Foi simplesmente maravilhoso!!! Saimos tanto, acho que pelo ano todo passado. Fomos às festas populares, a de Santo Antônio em Lisboa, ao festival do sorvete em Cascais. Comi um de arroz de leite muito bom!!!


Agora é suar a camisa e recuperar na academia essas calorias a mais!!!


Aí vai umas fotos da Festa na Alfama.


beijos


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Aprender a ser jovem


É engraçado olhar para trás e perceber que na verdade já nasci velha. Para quem acredita que só temos esta vida e que nada mais nos resta depois de terminado nosso tempo no mundo, é extremamente difícil compreender a sensação. Digo que já nasci velha, mas com a parte ruim, não a que a sabedoria nos trás com a velhice. Refiro-me à teimosia, ao apego à solidão, a idéia de que as coisas não mudam, a acomodação, o medo ou até desilusão pelos sonhos, a desconfiança pelo novo e pelos jovens. Tive um lado criança muito fugaz, um rápido brilho e digo até superficial. É "como" se já tivesse nascido com as regras de adultos e não interiorizei-as mais tarde, como difundiria Piaget. Meu sentido de responsabilidade sempre foi alto, nunca deixar as coisas para depois, extrema responsabilidade com o dinheiro, com os meus pertences. Vontade, ânsia de controlar tudo.

A Vida sempre tem os seus propósitos, tanto que casei com uma pessoa justamente o oposto de mim. Apesar de ser trinta anos mais velho, é do seu espírito jovem e sonhador que recebo um aprendizado diário. Obviamente é uma troca, pois tenho o que em certa medida ele também precisa balançar:os limites saudáveis.

Fiz seis anos de terapia no Brasil e aprendi muitas coisas, mas sigo aprendendo, lendo e cada vez mais me interesso por formas de ser mais jovem, de agir de acordo com a minha idade. Porém não é um sentimento que se possa forçar, ninguém muda da noite para o dia e a principal lição é a paciência. Um dos livros que li, sobre o perdão dizia: Seja gentil consigo mesmo, estamos sempre fazendo o melhor que podemos.

Ultimamente tenho sido mais flexível, apesar de ter um objetivo claro, permito-me desviar alguns passos para VIVER, sair, ir ao cinema, teatro. Ninguém sabe o dia de amanhã, se estaremos aqui...se o que eu mais me preocupei foram com as contas para pagar, com as prestações e restringi minha vida a isto, não dei valor às coisas que passaram no meu caminho, às amizades, ao meu companheiro, a minha família. E as contas ficaram, o mundo não vai parar de girar por minha causa e no fim só eu que perdi momentos únicos e deixei a felicidade passar ao lado. Eu não quero ser assim...

Não quero também me preocupar, me magoar ao perseguir um objetivo dos outros, ao tentar fazer alguém sentir orgulho de mim. Amem do jeito que eu sou, se não puderem eu não irei me esforçar para me encaixar nos planos que vocês sonharam para mim. É tão difícil dizer isso genuinamente, mas aos poucos estou construindo esta base de pensamento. Não tente agradar ninguém, faz o que achas certo, o que te faz feliz. Azar se vais ganhar pouco, se não vais ter sucesso aos olhos deles, se não vais ter o carro do ano, se não conseguires comprar o teu apartamento. Quero viver a vida pelos meus olhos, quero ser capaz de perdoar o que me disseram, quero poder sonhar à noite coisas boas e não reviver sempre momentos tristes e dizer coisas para magoar e sair magoada. Acho que cheguei em um ponto em que dizemos basta:

NÃO QUERO TER RAZÃO, EU QUERO É SER FELIZ.

Quero ter sonhos e acreditar neles, quero cair e me levantar e acreditar novamente.

Estou surda para aquela voz que me critica, me aponta o dedo e diz: não vais conseguir.

Estou mais leve, mais tranquila...e com muito mais esperança.
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