sexta-feira, 16 de abril de 2010


O cortiço

Ao caminhar por entre as artérias do Monumento ao Holocausto, no coração de Berlim, a cada passo aumentava minha admiração pelos alemães. Ali estava um povo que não se esquivava de suas culpas. Ao contrário, as purgava em público e em voz alta.

Os mesmos passos me faziam pensar nos brasileiros. Nós aqui, ao que parece, não nos aflige culpa alguma. Do que o brasileiro se envergonha, afora a derrota na Copa de 50? Pois é. Mas nós temos do que nos envergonhar. Temos também o nosso nazismo. O nosso holocausto.

Chama-se escravidão.

O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão, mas nem ao aboli-la lavou-se de sua desonra. Agora mesmo, no Rio de Janeiro flagelado, lateja essa dor. Pois quem são esses que morrem sufocados pela terra que se desprende dos morros cariocas? Descendentes de escravos e ex-escravos expulsos do Centro quando o Rio se transformou no que hoje é.

Você leu O Cortiço, de Aluísio Azevedo? Bom livro. Não devia ser obrigatório nas escolas, devia ser tratado como romance para iniciados. O Cortiço conta a história de um imigrante português que, como se dizia então, “amasiou-se” com uma escrava para somar suas economias às dela. Juntos, os dois e seus dinheiros, melhoraram a bodega dele e investiram em quartos de aluguel. Montaram um cortiço aos moldes de tantos que havia no Rio do século 19, o mais célebre deles chamado Cabeça de Porco, de propriedade do Conde D’Eu, ilustre marido da Princesa Isabel. O que não deixa de ser irônico – entre os 4 mil moradores do cortiço do marido, havia inúmeros ex-escravos libertados pela esposa.

Essa gente não teve mais onde morar a partir do começo do século 20, quando a prefeitura do Rio botou abaixo os cortiços. O prefeito Pereira Passos, inspirado nas reformas feitas em Paris décadas antes, rasgou avenidas, abriu largos arejados, mudou a face da cidade. Os moradores dos cortiços, muitos deles, foram para a zona norte. Outros, que precisavam morar perto do Centro, onde trabalhavam para os senhores brancos e bem alimentados, esses ficaram por perto: subiram os morros do entorno, construíram casebres com as sobras das demolições protagonizadas por Pereira Passos, formaram as favelas como as conhecemos.

Essa gente pingente das favelas não foi libertada da escravidão; foi atirada à liberdade. Para eles, nunca houve planejamento, muito menos investimento. Hoje, Lula dá certa atenção a esses desgraçados. Não é o ideal, claro que não. Porque não é uma ajuda estratégica; é uma ajuda tática. Mas, ao menos, é algo. Para quem não tinha nada, talvez seja muito. Por isso, Lula foi amassado pela vaia do Maracanã, na abertura do Pan em 2007. Vaiaram-lhe os brancos e bem alimentados, os moradores da planície, que olham para o alto, para o morro, com medo.

Hoje, os brancos e bem alimentados da planície olham de novo para o morro. Aquela gente parda, aquela gente que passa os dias de bermuda e sem camisa, que mora em barracos construídos com pedaços de qualquer coisa, aquela gente teima em chamar a atenção. Às vezes roubando, às vezes matando e às vezes, como agora, morrendo. Inconvenientes, é o que são. Vivem a nos lembrar que em nós, também, pode haver culpa.

*David Coimbra - jornalista - para Zero Hora

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fotos



Ontem falei com a minha dinda (madrinha) e ela cobrou-me fotos, disse que a gravidez estava passando e que eu não tinha muitas fotos para recordar depois. É que o meu fotógrafo anda muitoooo preguiçoso e eu acabo ficando nervosa em ver uma foto feia atrás da outra eheheh! Ai estas mamães gorduchas :) ... Enfim, ontem eu mesma posicionei a máquina e tirei algumas fotinhos.
É estranho pois quando me vejo no espelho sem nada não me acho tão gordinha, mas quando ponho as roupas e até umas que costumavam nadar em mim, vejo que das duas uma: ou estou mesmo rechonchuda ou eu era muito magrinha!!! Bom, no final do mês vou ir ao nutricionista pois deste jeito não sei onde páro!!! E continuo com a minha hidro e vamos ver se ganho puxada de orelha de novo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010


Esta semana passada fui à hidroginástica três vezes e me senti muito bem! Quase não cansei, até porque a ordem é ir devagar! Acho que o Fabian gosta, pois sempre que estou esperando pela aula no balneário, ele se mexe bastante :) .
No sábado aproveitamos para caminhar na praia, foi tão bom!! Adoro o calorzinho e a minha vontade era de por um biquini e ficar esticada ao sol! Mas vou deixar para a próxima. Estas são as novidades...and that's all folks!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vamos malhar!!!


É isto aí! A dra. disse que do jeito que estou vou ficar muito gorducha até o fim da gravidez e portanto, preciso urgente me mexer. Não tenho mais nada de descolamento e a minha placenta está migrando como deve ser, ou seja não será mais prévia. Não devo carregar pesos, quer dizer que musculação nem pensar...sobrou a hidroginástica! E lá vamos nós! Semana passada comprei dois maiôs grandes normais (sem ser de grávida), uma touca e hoje começo a hidro. Fiz um passe livre nos bombeiros, assim escolho o horário que quiser ir, inclusive à noite com o marido (que volta para a musculação). É assim, precisamos ficar em forma para o nosso baby que vem aí, espero ter muita energia para cuidar dele!
Pretendo ir cinco vezes por semana, três vezes vou para fazer ginástica mesmo e nas outras, quero relaxar na piscina ;) .
Depois eu conto como foi!!!
Web Statistics