Já falei aqui, mas vou falar de novo. Não entendo quem tenha filhos e não ponha nenhuma foto em um ambiente que em tese é controlado pelos pais. Aí depois falam de pesos e medidas e gracinhas e se andam e se falam. Cadê a porra da foto? A certo ponto acho que devem ser produto da imaginação destes pais, porque fica realmente estranho. Quando se fala sobre exposição dos filhos na net, o primeiro argumento que salta é a tal privacidade. Olha aqui o meu olhar 49. Eles crescem (e não precisa muito) e vão ter sua página virtual, seu blog e antes que se possa imaginar já pipocam de fotos em festinhas, em aniversários, em boate. E nem vou falar das fotos que se expõem sem camisa ou em poses provocantes na frente do espelho.
Outro argumento é o do medo da pedofilia e do sequestro, sei lá mais o que. Gente, que tal fazer a lá Michael Jackson e por já agora, uma máscara na criança quando saírem na rua? Pense, quais são as chances de que algum tarado ou marginal vá querer te seguir, seguir o teu filho, ir a cata de endereço, da escola e finalmente ultrapassar todas as barreiras e roubá-lo? Pense melhor. Pense enquanto fazes check-in na foursquare. Pense enquanto nem te preocupas se o filho ainda está no balanço, distraído que ficas a jogar no smartphone. Pense enquanto achas normal que o tio da criança lhe agarre tempo demais. Pense enquanto ficas descansado ao deixá-lo na casa dos amiguinhos, com completos estranhos. Ah mas são os pais do fulaninho, colega de inglês. E pergunto: e daí? O que acontece atrás daquelas paredes? Sabem? Não, mas afinal meu filho não está na net. O grande bicho papão da inocência. Idiotas, é isto o que são. Porque só idiotas para acharem que o anonimato virtual pode protegê-los de todo o mal.