quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

E agora?

Todas as semanas o Fabian traz um livro para casa, é uma forma da escola incentivar a leitura e o gosto pela hora do conto. Geralmente deixo para o marido, que vai traduzindo conforme mostra as figuras, mas tenho notado que algumas vezes o Fabian traz coisas que não são para a idade dele, com muito enredo e ilustrações pouco convidativas. Desconfiei se era ele ou a professora que escolhia-os, mas depois do último que trouxe tenho quase certeza de que não é ela. Porque se for é uma baita filhadaputice: o livro é em alemão!

É Natal aqui em casa



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Amor e traição são duas faces da mesma moeda (parte 1)


Durante algum tempo vivi sentindo-me muito culpada com os erros e segredos que carregava por trás de um jeito tímido de boa menina. Achava eu que o mundo todo acertava, que eram todos muito bons naquilo que faziam, no casamento, no sexo, no amor, nos negócios. E talvez podia-se dizer que sim, eram bons em disfarçar que estava tudo bem. Que eram fiéis, que eram felizes, que eram inteligentes e bem sucedidos. Mas agora quase a beirar os trinta, vejo o quão boba era ao crer nos santos. Andar pelos altares a mendigar milagres...o que faziam eles para serem tão perfeitos? Todo mundo trai, todo mundo é falível, de uma maneira ou de outra, fisicamente ou em pensamento. Depois...deixei de acreditar em contos de fada e passei a acreditar em contos de foda ao ver que todas as minhas amigas traíram (seja em um período particular, seja regularmente), ao ver que todos os homens que me quiseram qual título de troféu, traíam suas esposas/namoradas regularmente, ao admitir que eu também traí. Não deixei de acreditar no amor e no casamento, talvez por ter uma cabeça mais masculina neste sentido, passei a enxergar as coisas como o são. O brilhante tom róseo deu lugar a minúsculas rachaduras em minhas lentes, e pelos pequenos frisos de múltiplas cores, fui entendendo que o amor, sentimento puro, construído e enraizado desde a infância entre bonecas assexuadas, nunca poderia existir de verdade. Este amor inocente é uma fantasia entre histórias inventadas por quem entendia pouco da vida. Finalmente, foi como deixar de esperar o papai Noel. Mas de maneira nenhuma deixei-me abalar minha crença no amor, o que deixei foi de acreditar em fidelidade (absoluta). 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A primeira vez na Alemanha

Foi na sexta. Em um cassino em Baden-Baden, foi de "graça", só vi a estrada na escuridão e pouco mais de uma feira de Natal na entrada da festa, mas fiquei tão feliz, tão feliz que quase fiz um check-in no foursquare. Ah se tem gente que faz check-in cada vez que vai na padaria porque não podia fazer a primeira vez que ia na Alemanha? Enfim, depois do ônibus nos deixar no mesmo lugar, um estacionamento perto do palais de la Musique, eu muito pão dura resolvi voltar à pé, já que os dez minutos que ia levar o taxi para nos pegar seria o tempo que levaríamos para chegar em casa. E assim foi, com o detalhe que os sapatos me matavam os dedos de tal forma que o único jeito foi fazer um cooper de saltos às duas de meia da manhã. A minha lógica dizia que quanto mais rápido chegasse em casa, mais rápido cessaria o sofrimento, embora ao correr os dedos já machucados fossem empurrados ainda mais para a frente e doessem mais. Posso dizer que por aqueles longos minutos ao menos esqueci o frio! O marido só ria de mim a correr e às tantas quase chegando na nossa esquina, vimos dois adolescentes, um deles vinha a saltar como eu, coitado, deve ter pensado que eu tinha tomado a mesma coisa que ele. Pelo menos entre mortos e feridos salvaram-se todos. Os dedos. 
Registro pré-festa estilo auto-retrato já que as fotos que o marido tirou ficaram uma merda. 
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