terça-feira, 7 de outubro de 2014

Eleiçoes

                                    Tanto para dizer e ao mesmo tempo tanta preguiça...






quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Hecatombe romântica



Devia ter-lhe dito que às vezes o amor era uma substância estranha que salivava pelos poros, que a fazia febril e titubeante. Devia ter-lhe dito que o raciocínio tinha-na abandonado, que o corpo soluçava de abstinência dos seus beijos, das mãos escorregadias pelo seu sexo... Ela devia ter-lhe dito. Devia ter insistido, mesmo que perdida em pensamentos obsessivos de solidão, pensamentos estes que faziam-na andar aos círculos como um cachorro que morde o próprio rabo. Ela vagava noites a pensar, a ouvir "Bésame mucho" em espiral, sentindo-se lúcida na fraqueza de seu próprio sofrimento. Devia ter-lhe dito que o tempo o havia  atenuado com uma catarse diária, expulsando as vozes que  chamavam-lhe sem permissão. Seu coração desacelerava. O pulso. A vida. Desacelerava. Ela devia ter-lhe dito. Mas não disse. E ele voltou a tempo de intoxicá-la novamente.

Amore, fai presto, io non resisto...

Se tu non arrivi, non esisto, non esisto...non esisto...





A primeira vez que ouvi esta música foi em "Onze Homens e Um Segredo", já no finalzinho do filme e fiquei cantarolando mentalmente, pensando que ela não me era nada estranha. Até que fez-se luz: música brasileira, da época da Jovem Guarda na versão de Ornella Vanoni. Mas depois que descobri esta, estou completamente apaixonada... Não fosse a mesma também dizer algo que tenho pensado muito nestes dias...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

"Me caiu os butiá do bolso"



Uma expressão lá da minha terra que significa nada mais do que espanto, isto foi o que senti quando em um grupo de brasileiros na França, uma francesa com apenas sete meses a morar no Brasil, escreveu muito melhor que 99% dos meus conterrâneos. Não quero de maneira nenhuma soar elitista, pois sei que fui uma privilegiada por ter estudado em escola particular, e também não falo de erros que exigem um maior conhecimento da língua portuguesa, mas tão e somente dos erros mais comuns que, com um pouquinho de boa vontade, poderiam ser curados. Voçê com cedilha, encomodar com "e", "inguinorância, "pesso" (ao invés de peço), mim conjugando verbo (exemplo: "mim" adiciona no face). É tanto erro junto e alguns são tão frequentes, que há momentos em que tenho de pensar bem se sou eu quem está escrevendo errado. 
Ainda estes dias deu uma briga porque alguns se sentiam desconfortáveis com a correção dos outros. O problema é que quem corrigia soltava vez por outra erros tão bobos como aqueles que criticava. Enfim... de todas as vezes que um francês escreveu um tópico no fórum, saíram-se muito melhor do que um nativo e ainda por cima, não se atreveram a corrigir ninguém. 
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