sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Não sabia

Que minha língua era capaz de atingir o orgasmo, mas foi o mais perto do que consigo chegar  de descrever a sensação de comer um pedaço de carne com um pouco de gordura. Depois de três anos voltei a botar uma picanha na boca. Embora não tenha sido à moda gaúcha, foi o mais perto disso possível. Ai aquela gordurinha crocante que derrete-se ao mais leve roçar de dentes...que só virou post pela obstinação ridícula do franceses de torcer o nariz para qualquer gordurinha (e amputá-la da picanha é uma heresia). Eu até levaria à sério se a preocupação se estendesse a todos os tipos de carne e não apenas à bovina. Já cansamos de confundir peito de pato com uma picanha cuja capa de gordura é bem farta. 
Claro que não é coisa para se comer frequentemente, no entanto, é dose fazer um assado com absolutamente nada de gordura, a carne fica seca, horrível. Volto a dizer, o "nojinho" se limita à carne bovina mesmo, não podemos pensar em um certo zelo com a saúde se há tantos enchidos, bacon, patês, que não fazem nada bem mas estão corriqueiramente na cozinha francesa. Esta mania parece com os tiques de uma amiga que não come se não passar três a quatros vezes o guardanapo nos talheres, mesmo que tenha sido ela que os lavou. Um dia, meio irritada, perguntei se ela achava que resolvia alguma coisa e lhe dei o exemplo de que se eles tivessem caído na privada não haveria esfregadas que tirassem o que ela chamava "bichos". Ah vá, se é para limpar, limpa direito, vai mergulhar em álcool duma vez! Se é para deixar gordura, que custa deixar na minha picanha?!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Árvores de Natal

Expectativa:


Realidade:






Todo ano, na hora em que brigo com os galhos artificiais da dita, eu lembro da foto quando comprei pela internet. Toda farfalhuda, cheia de fiapos de plástico verde, linda, linda. E todo ano me pergunto onde estão a porcaria dos galhos. Enrosco aqui, desaperto ali, puxo para um lado, falta do outro. Nunca fica como a da foto grrrrrr!



Status do dia: puta com a francesada


Ah e tal no Brasil que só tem ladrão,  no Brasil que roubam as coisas. Enquanto no Brasil se reza para que não roubem as encomendas, aqui tem o ditado que  quando tudo corre bem foi como uma carta no correio:comme une lettre a la poste. 
Minha madrinha mandou dois pacotes mês passado: um chegou em menos de duas semanas e o outro me chegou hoje. Em uma caixa de papelão simples e com os adesivos do La Poste. Ao lado tinha um recorte onde se lia a letra dela, tudo que restou da antiga caixa vinda do Brasil. O roubo? Um pacote de farinha temperada, uns doces para o Fabian e um sapato para mim  estilo boneca. "Ah não faz mal, é no Brasil que se rouba, eles nunca vão pensar que foi aqui " , pensou o francês idiota enquanto selava a caixa. Pois pensou errado que eu vou hoje mesmo fazer uma reclamação.  Isto só prova mais uma vez a minha teoria de que aqui as pessoas não são nadicas melhores que lá no terceiro mundo. Apenas tem sorte de ter um sistema que funcione quando estão sendo observados...porque quando não estão é isto, um ser humano igualzinho tanto aqui quanto em qualquer outra parte do mundo.



Atentem para o tamanho da caixa. A original era três vezes maior e com muito mais coisas, claro.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Não tenho paciência para promessas de fim de ano

Então comecei semana passada. Como sou pessoa oito ou oitenta, resolvi largar todos os vícios de uma vez. Adeus refrigerante diet, adeus facebook, adeus açúcar. Talvez eu volte para o face, a vida real se torna solitária quando todo mundo que se conhece está a um passo de um login, mas com certeza dedicarei muito menos da minha vida para isto quando voltar. 
Está tudo ligado. Andava me irritando muito com a quantidade de merda que lia, principalmente com as aberrações que as pessoas chamam indolentemente de opinião. Nem era tanto o cinismo, nem a  patética edição que fazem de sua vida, mas para me virar o humor bastavam achincalhamentos, ignorância política e as polêmicas da semana. Ah, as polêmicas....por tudo e por nada, geralmente por nada mesmo. Aí irritava-me mais que notícia das Kardashian  atravessando a rua (já disse que não posso com esta família? Só de escrever o sobrenome já me vem arrepios), e aí comia. Ou bebia refri. E a cafeína do refri me deixava com mais irritabilidade e dai eu via mais notificações do facebook. 
Decidi não esperar um avc, estou como os AAs, um passo de cada vez, vou resistir só hoje, senhor dai-me paciência para aceitar as coisas que eu não posso mudar, força para aquelas que posso e sabedoria para distinguir as duas. Ah, e voltei a meditar. Foco, força e foda-se. 



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