sábado, 7 de fevereiro de 2015

Se...



Eu falasse tudo o que penso não ia prestar, então prefiro ficar quieta. Estou em um momento sem paciência nenhuma, sem empatia nenhuma com ninguém. Estou ansiosa para que um projeto que sonhei por mais de meio ano se realize e esteve quase, mas infelizmente vamos ter que adiar por algumas semanas. São apenas três, procuro me acalmar...depois acabo por pensar que são mais três semanas longe do meu objetivo. E volto a me irritar como se tivesse sempre à espera de outro imprevisto. 
Estive entupida, cheia de palavras agarradas na garganta. Uma das coisas que me fez perder um pouco o interesse de falar por aqui, foi a desconfiança que um familiar do marido andasse xeretando, e se eu não quero que a família dele saiba da nossa vida, porque colocar aqui de bandeja? 
Enfim...não vou desistir, sei que depois vou sentir-me melhor. Só mais um pouquinho de paciência...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ai que ousadia!



É complicado ser gorda em um país de magros. Sair de casa é, parafraseando Narcisa Tamborindeguy, uma ousadia. Para começar nas roupas: cheguei em um estado que fui obrigada a pegar emprestado os casacos do marido. O conjunto fashion se completa com umas calças de moletom e os tênis de sempre. Agarro-me à minha cara de paisagem e saio. Velhas e velhos esquálidos me olham com jeito de "onde saiu isto"? E eu tenho certeza de que estou virada em um pudim gigante, só me vem à cabeça Nicki Minaj cantando "I got a big fat ass". Sim, queridinha, mas tem o resto todo no lugar! Então pshhhhh.

E aqueles potinhos que levava para casa com o que sobrava da festa? Franceses, vocês não tiveram infância...















Não tenho culpa de que de onde eu vim, nas festas de aniversário, não se fazia o bolo contando a dedo o número de fatias com o número de convidados. Provavelmente minha mãe teria gostado disto, lhe pouparia das milhares de recomendações. 



Eu comendo qualquer coisa saudável.


Chegou a hora de correr atrás de todo o prejuízo, voltar a caber naquelas roupas escrupulosamente arrumadas no armário. E como quero fazer isto? Correndo de dia e comendo chocolate de noite, cruzes!! Ainda bem que na próxima semana o Fabian vai começar a almoçar na escola, o que me dá três dias inteiros, e duas manhãs só para mim (nesta escola não há aula nas quartas e sextas à tarde). 
Já fui olhar uma academia que fica a uns 5 minutos a pé, portanto, a parte de se mexer já está pensada. Meu problema é e sempre foi a alimentação: comer verduras, cortar doces, diminuir o sal... comer frutas... Mas reconheço que vou precisar mudar se quiser fazer as pazes comigo e deixar de parecer o boneco de Olinda desfilando na rua. 

Seria trágico se não fosse cômico ou vice versa

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Cinema da tarde

Vou buscar o Fabian na escola e ele vem o caminho todo a miar. A voz era um novelo enrolado a que ele esticava e voltava a puxar. Mas e o que te incomoda? Era a a camiseta que estava colando nas costas e que depois já em casa descobriu que não era nada disto. Enquanto eu fazia a mamadeira, ele desatou em um choro. Quando lhe perguntei porquê do drama ele dizia que "o choro incomoda eu". Ao que lhe respondi, então não chora, bolas. Berreiro ainda mais alto. "To chorando porque eu choro tantas vezes e tantas vezes que eu não queria chorar!" Buaááá!
É um sentimental este guri, ainda na escola antiga me contava que não gostava do Enzo porque ele o chamava de bebê. E ele não queria chorar e chorava. Não sei a quem puxou, eu é que não, já faz tanto tempo que nem lembro da última vez...
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