Já deve ser a terceira vez que vejo uma notícia destas e de todas as vezes, apesar de desculpar-me mentalmente, só me ocorre chamá-los de idiotas. Uma tirou uma selfie enquanto dirigia e depois bateu em uma ponte e morreu, outra fez uma sequência de fotos em que sorria ao lado do amigo, fotografava o velocímetro a mais de 180 km por hora e por último, uma selfie toda machucada com cara de desespero e a legenda: capotou! Ontem dei com a notícia de um jovem estadunidense que havia levado um tiro. Sorrindo e mostrando a camisa ensanguentada, o jovem dizia quase com orgulho: fui baleado. E eu fico tipo...que merda de mundo é este? Abriram a porta dos hospícios todos? De onde esta necessidade de que os outros tem que saber tudo que nos acontece? Parecem crianças de quatro anos que estão sempre "mãe, mãeeeee, ohh mãe, olha o que eu to fazendo!". Casos menos patológicos circulam pela minha timeline, aquela fulana que tem uma necessidade de trocar a foto de perfil todos os dias para que a chamem de linda, mesmo a gente vendo que não, mesmo a gente vendo que não é possível que cinquenta ou mais pessoas tenham gostado realmente daquela foto. Aquele fulano que corre para contar o novo modelo de telefone, vídeo game ou carro na garagem. Aqueles cicranos que tem de marcar pessoas e fazer check in de cada vez que vão comer uma pizza fora de casa. Porque sim, estava muito bom, estava, não é Marizinha, Luluzinha, Joãozinho e Marcos Felipe?
Sério que não entendo, ou melhor até entendo, mas acho triste, ao invés de inveja (que no fundo é o que gostariam de causar) me dá dó. E às vezes crises de riso, porque ninguém é de ferro.