quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cake



Jennifer Aniston nos faz acreditar durante quase duas horas que ela é a mulher mais miserável do mundo, o que é um grande feito para ela. Não vou negar que sempre tive um pé atrás com a namoradinha dos norte-americanos, e que também ela tem culpa por me sentir assim. Os filmes estilo sessão da tarde, comédias românticas em que dá a impressão de interpretar uma e outra vez o mesmo personagem. A mocinha que busca um amor, mas que finge o tempo todo que não quer se apaixonar, aí ela passa o filme brigando com o cara para no final descobrirem que foram feitos um para o outro. E o beijo na chuva? Não podemos esquecer nem do beijo, nem da amiga que fica empurrando ela para o senhor-certinho-que-acaba-não-comendo-ninguém, a festa em que ela bebe demais e faz uma loucura, etc, etc.
Em Cake a fórmula também não é nova: pega-se em uma atriz bonita e a enfeia (Charlize Theron que o diga), soma-se uma boa dose de tragédia e era isto. É o tipo de coisa que se a fulana não deslancha agora, não o fará nunca. O filme não tem o enredo pretensioso, mas é uma história que poderia acontecer com qualquer um ao virar da esquina e isto cria uma certa empatia com o espectador. Principalmente, é o primeiro em que imagino a Jennifer como atriz de verdade e não como aquela versão mulher de quarenta meio adolescente que me dá nos nervos.

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