Uma das coisas que a vida tem tratado de me ensinar é o quanto sou tola em acreditar na sua imutabilidade. Chegou um ponto que disse: vida, não mexas mais! Está bom assim. Mas parece que nasci mesmo para andar em montanha russa, logo eu que detesto alturas e a sensação de que o estômago vai sumir cada vez que rodopio.
Quando fui buscar o Fabian na escola, voltei olhando para o prédio da esquina. Olhei para a sacada do primeiro andar, é lá que eu moro. Ainda tenho casa...mas e amanhã? O que será será? Não disse nada, mas o que mais me mata foi ter ignorado as vezes que o marido contou que achava que aquilo não andava bem. Eu: o quê, deixa de ser pessimista! Eu, logo eu, a pessoa que vê o copo vazio e que pela primeira vez brincava de o ver meio cheio. O que mais me dói é ter esta inocência ainda cravada dentro de mim. Não nasci para morrer perto do mar, nasci para espirais e afundamentos em grande velocidade, nasci para aquela sensação de subida que fazemos com tanto esforço, acabar em um abismo em poucos segundos.
Espero que seja apenas uma nuvem negra passageira. Para que como desejas a montanha russa pare... Beijinho e pensamento positivo.
ResponderExcluirObrigada, Mieke! Ah, antes que me esqueça, feliz aniversário!
ResponderExcluirBeijinhos