sábado, 27 de junho de 2015

De onde viemos?



Não lembro exatamente quando comecei a fazer este gênero de perguntas, mas lembro-me da primeira vez que este livro veio me parar às mãos. Aparentemente a mãe achou mais fácil do que explicar sem gaguejar e eu lhe sou eternamente grata por esta decisão. Este livro é uma das memórias mais doces da minha infância, pena ter se perdido como a maioria delas, pois gostaria que o Fabian o lesse.
As ilustrações são engraçadinhas, e as comparações então nem se fala. Tipo, sexo é muito bom, quase tão bom como pular corda. Orgasmo é como se fôssemos espirrar: dá aquela agonia e é tão bom quando finalmente conseguimos soltar aquele aaaatchimmm. Mas mesmo sendo uma coisa boa, não podemos fazer sexo o tempo todo, assim como não podemos pular corda o dia inteiro. 
O livro mostra as diferenças entre o corpo do "papai" e da "mamãe" e explica a mecânica sexual como a poesia dos corpos que se amam tanto, mas tanto, que o único jeito de ficarem mais perto um do outro é o pênis encaixando-se na vagina. Depois contam como é a longa jornada do espermatozoide apaixonado até o óvulo, originando o "bebê". "De onde viemos?" Termina com o nascimento do mesmo, após mostrar todas as fases de crescimento dentro do útero da mamãe. 

Aos sete anos era como se tivessem me contado um grande segredo, ai as maravilhas de se crescer nos anos 90! O Fabian, aos quatro anos, disse para a professora que eu tinha um bebê na barriga porque tinha muitas bolinhas dentro de mim. A professora achou que era verdade e o marido ao ser perguntado, fez até o sinal da cruz. Achei que estavam ensinando sobre isto na escola, mas não, ele apenas transpôs o que aprenderam sobre as galinhas, vacas e cabras para nós. De qualquer forma, ainda não surgiu a curiosidade sobre como estas bolinhas ou bichinhos saem do pai para a mãe. É, cegonha, aqui em casa não tiveste qualquer papel.

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