quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Curiosidade

Quem disse que a paz tem que ser bela?


Uma das coisas que notei quando varri sites de imobiliárias atrás de apartamento, foi que por mais alto que seja o imóvel, eles não possuem aquelas redinhas de proteção. Eu, mãe de um menino de quatro anos em plena fase dos super heróis, acho no mínimo curioso que os pais não se preocupem se naquelas cabeças de vento desperta a ideia de que podem voar. Isto ao que parece, é apenas mais uma das tantas evidências de como os brasileiros encaram a educação infantil de uma forma completamente oposta aos franceses. Ora, se para nós basta haver uma mísera sacada e às vezes nem isto, janelas no primeiro andar já bastam para enchermos de telas, aqui eu já vi algo como apartamentos no décimo andar sem qualquer proteção (e os brinquedos espalhados indicavam por certo haver ao menos uma criança pequena ali). 
Será que as crianças francesas são assim tão obedientes? Será que os pais são assim tão displicentes? Costumo pensar que não há certo nem errado no que diz respeito à cultura, no entanto quando envolve a segurança de bebês que estão longe de compreender um "não", como este povo faz? Tem um olho nas costas? Nunca os deixam sozinhos? 
Realmente acho um exagero algumas particularidades brasileiras em gerir a criação, particularidades estas que acabam por formar crianças dependentes demais, e a exemplo disto tenho a minha própria infância como base. Porém têm questões aqui que ainda não me batem bem, esta história das redes de proteção, assim como as crianças andarem sozinhas de bicicleta a seguirem os pais, sabe lá a que distância, sem que os mesmos sequer olhem para trás para saber se ainda estão lá. Acredito que apesar dos séculos, aqui parece perdurar a ideia de infância como na Idade Média: não há crianças e sim pequenos adultos semi-selvagens que necessitam de serem domados desde o primeiro choro. Prova disto é a larga porcentagem de pais que aderem ao que mais tarde ficou conhecido como o método Stivill, que nada mais é do que o antigo "deixar chorar até dormir". Às vezes me pergunto se estas crianças têm pais ou adestradores...

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